Produções textuais de presos comuns (século XX)

Viviane Trindade Borges

doi:10.14295/rbhcs.v15i31.15915

Auteurs-es

Viviane Trindade Borges UDESC https://orcid.org/0000-0002-7576-7789

DOI :

https://doi.org/10.14295/rbhcs.v15i31.15915

Mots-clés :

prisions, archives, lettres de prisonniers, homossexualité

Résumé

L'écriture carcérale offre un espace réel et conceptuel à travers lequel on peut réfléchir à une extraordinaire variété d'aspects de la vie carcérale. Au-delà du contenu des textes, ces sources permettent de problématiser les conditions de leur production et les pratiques institutionnelles qui ont permis l'émergence de ces archives. La recherche que je présente ici recense et analyse les productions textuelles de prisonniers de droit commun dans les archives de différents pays d'Amérique et d'Europe. Afin de présenter quelques premiers résultats, je me concentrerai dans cet article sur les archives brésiliennes et la production écrite au 20e siècle. Les textes ont été choisis en raison des perspectives qu'ils offrent sur deux questions clés : comment les productions textuelles des prisonniers ont-elles été comprises et utilisées par les institutions pénitentiaires ? Comment l'écriture carcérale peut-elle être comprise comme un contre-discours contradictoire et complexe, qui cherche à protester et/ou à dénoncer les abus subis en prison, mais qui, dans certains cas, corrobore les pratiques institutionnelles et les théories criminologiques ? Pour ce faire, j'analyserai le cas d'Oscar et les nations liées à la pratique homosexuelle en prison incitées par ses écrits.

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Biographie de l'auteur-e

Viviane Trindade Borges, UDESC

Professora Titular da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), atuando no curso de graduação em História e como docente permanente no Programa de Pós-Graduação em História da UDESC e do Mestrado Profissional em História (ProfHistória). Pesquisadora Associada do Institut de Histoire du Temp Présent (IHTP/Paris). Vice-coordenadora do Laboratório de História Pública e Patrimônio Cultural (LabHPac/UDESC). Coordenadora do Programa de extensão Permanente Arquivos Marginais. Membro da Rede Brasileira de História Pública, da International Federation for Public History e da Associação Brasileira de História Oral. Doutora em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com doutorado-sanduíche na École des Hautes Études en Sciences Sociales - EHESS, Paris (2008-2008). Realizou estágio pós-doutoral no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (entre dezembro de 2018 e dezembro de 2019). Desenvolve investigações sobre os seguintes temas: História das prisões, Escritos de presos e menores em conflito com a lei, (auto)biografias de sujeitos marginalizados, Arquivos, História Pública, Patrimônios Difíceis e Patrimônio Prisional. É coordenadora do Programa de Pós-Graduação em História da UDESC.

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