A condição do negro na transição do modelo escravista para a sociedade de classes no Brasil
The condition of the Black with a transition from the slave model to the class society in Brazil
Palabras clave:
Questões Raciais. Negro. Raça. ClasseResumen
O presente artigo tem como objetivo tecer uma pequena contribuição para a compreensão acerca das questões raciais no Brasil. A abordagem parte do dilema instaurado com a Abolição da Escravidão no Brasil (1888) que, embora represente um processo histórico de fundamental importância, o mesmo foi acompanhado por um abandono do negro na sociedade de classes, pelo Estado brasileiro. Para alguns autores, esse acontecimento somente teria alterado as formas de subjugamento das comunidades negras pela elite brasileira, impedimento a sua inserção na sociedade fundamentada no trabalho assalariado. Por sua vez, esse processo foi facilitado em razão do uso dos diferentes meios de desorganização familiar dessas comunidades, ao longo de todo período escravista. Consequentemente, os diferentes mecanismos de negativação, perpetrados pelas falsas teorias, pela literatura e pela divulgação dessa imagem através da publicidade, sustentaram a imagem negativa do negro. Somado a isso, o apreço conveniente pela miscigenação “benevolente”, por parte dos setores dominantes, inaugurou um tipo de sub-racismo entre os mestiços, os quais negavam sua ascendência visando ampliar suas chances de inclusão nessa sociedade recém-inaugurada. O artigo conta, como método, a revisão bibliográfica, a reflexão dos temas propostos e a análise comparada, como forma de melhor compreender e contribuir com o debate envolvendo as questões raciais no Brasil.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Revista Eletrônica Interações Sociais
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
A proposta de publicação observa e atende a Lei de Direito Autoral n. 9610/98, a Lei nº 5.805/72, bem como os Acordos e Tratados Internacionais de Direito Autoral em vigor no Brasil, quais sejam: Convenção de Berna para a Proteção de Obras Literárias e Artísticas (Decreto Nº 75.699, DE 6 DE MAIO DE 1975), Convenção Universal sobre o Direito de Autor (Decreto Nº 76.905, de 24 DE DEZEMBRO DE 1975), e a Convenção Interamericana sobre os Direitos de Autor em Obras Literárias, Científicas e Artísticas (Decreto Nº 26.675, DE 18 DE MAIO DE 1949).
Os direitos sobre as publicações nesta revista eletrônica pertencem ao(s) autor(es), com direitos de primeira publicação cedidos à Revista INTERAÇÕES SOCIAIS (REIS). Os artigos aqui publicados são de uso gratuito em aplicações educacionais e de pesquisa, sem fins comerciais e disponibilizados na Internet no site da revista.
Os autores assumem a responsabilidade de que os artigos submetidos à Revista INTERAÇÕES SOCIAIS não estão sendo submetidos a outra publicação e não foram publicados integralmente em outro periódico. Assumem ainda a responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre o(s) autor(es) eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria dos trabalhos publicados.