O processo de empresarização das emoções na Educação e as novas configurações do trabalho docente
DOI:
https://doi.org/10.14295/reis.v7i1.15815Keywords:
Empresarização, Emoções, EducaçãoAbstract
The present study constitutes an initial and unprecedented approximation between the Enterprisation Theory and the Sociology of Emotions and has a double objective: to construct the category of enterprisation of emotions and discuss it from the educational context. In general, materializing through resources such as control and bureaucracy, in addition to the fundamentals that characterize the idea of enterprise, such as competition and the production of needs, and defining subjectivities through language, the enterprisarion process consolidate the idea of enterprise in the material, subjective and sensibilities planes. The enterpristation of emotions thus represents the complexity with which such a process reconfigures work practices and the individual, defining him as the expression of human capital. In the Education field, this implies new forms of teaching work, materialized in the teacher subject through the centrality of his emotions.
References
BERICAT, Eduardo. The sociology of emotions: four decades of progress. Current Sociology, n. 64, v. 3, 2016.
CABANAS, Edgar; ILLOUZ, Eva. HAPPYCRACIA. Cómo la ciencia y la industria de la felicidad controlan nuestras vidas. Barcelona: Paidós, 2019.
DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. Tradução: Mariana Echalar. 1. ed. Paris, France: Boitempo, 2009.
DUQUIA, Andressa; FRANZ, Alice; BARCELOS, Márcio; RODRIGUES, Marcio. Políticas Públicas e Estudos Organizacionais: uma articulação teórica para a análise das formas de organização de programas de pós-graduação na Universidade Federal de Pelotas (Brasil). Arquivos Analíticos de Políticas Educativas. v. 30, n. 142, 2022.
FOUCAULT, Michel. Nascimento da Biopolítica. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 1987.
FRANZ, Alice; LEITE, Elaine; RODRIGUES, Marcio. O processo de empresarização e o discurso da universidade empreendedora: uma análise da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, v. 28, n.177, 2020.
GAULEJAC, Vincent de. Gestão como doença social: ideologia, poder gerencialista e fragmentação social. São Paulo: Idéias e Letras, 2007.
HOCHSCHILD, Arlie Russel. Emotion Work, Feeling Rules, and Social Structure. American Journal of Sociology, v. 85, n. 3, 1979.
HOCHSCHILD Arlie. The Managed Heart: the commercialization of human feeling. Berkeley: University of California Press, 1983.
ILLOUZ, Eva. O Amor nos Tempos do Capitalismo. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.
KOURY, Mauro G. P.; SCRIBANO, Adrián. Sociologia e Antropologia dos Corpos e das Emoções. RBSE – Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, v. 11, n. 33, 2012.
KEMPER, Theodore. D. (2006). Power and Status and the Power-Status Theory of Emotions. In: Stets, J.E., Turner, J.H. (eds) Handbook of the Sociology of Emotions. Handbooks of Sociology and Social Research. Springer: Boston, MA. https://doi.org/10.1007/978-0-387-30715-2_5.
LAVAL, Christian. A Escola não é uma empresa: o neo-liberalismo em ataque ao ensino público. São Paulo: Boitempo, 2019.
LISDERO, Pedro.; QUATTRINI, Diego. Trabajo y Sensibilidades: un análisis de la gestión de los cuerpos y las emociones en algunos espacios de trabajo. Revista Novos Rumos Sociológicos, v. 8, n. 13, 2020.
NEVES, Maria Lúcia W. (org.). O empresariamento da educação: novos contornos do ensino superior no Brasil dos anos 1990. Rio de Janeiro: Xamã, 2001.
RODRIGUES, Marcio S. O novo ministério da verdade: o discurso de VEJA sobre o campo do Ensino Superior e a consolidação da empresa no Brasil. Tese (Doutorado em Administração) – Programa de Pós-graduação em Administração, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2013.
RODRIGUES, Marcio. S.; SILVA, Rosimeri C. da. Empresarização e modernidade: a ideia de empresa no centro do mundo. Revista Brasileira de Estudos Organizacionais, v. 6, n. 1, 2019a.
RODRIGUES, Marcio S.; SILVA, Rosimeri C. da. Nova república, novas práticas: uma análise do processo de empresarização do ensino superior no Brasil (1990 - 2010). Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade (Farol), v. 6, n. 15, 2019b.
SARTRE, Jean-Paul. Esboço para uma Teoria das Emoções. Porto Alegre: L&PM, 2010.
SCRIBANO, Adrian. A modo de epílogo. ¿Por qué una mirada sociológica de los cuerpos y las emociones? Cuerpos, subjetividades y conflictos: hacia una sociología de los cuerpos y las eociones desde Latinoamérica. 1a ed.- Buenos Aires: Fundación Centro de Integración, Comunicación, Cultura y Sociedad - CICCUS, 2009.
SCRIBANO, Adrian. Sociología de los cuerpos/emociones. Revista Latinoamericana de Estudios sobre Cuerpos, Emociones y Sociedad, v. 10. ano 4. 2012.
SOLÉ, Andreu. A Empresarização do Mundo. (Traduzido). Paris: Le Cherche Midi, 2008.
TAVARES, Larissa. Em busca da melhor versão contra si mesmo: sobre o coaching, a verdade e o governo pela liberdade no neoliberalismo. Tese (Doutorado em Administração) – Centro Sócio-Econômico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2021.
TRAGTENBERG, Maurício. Sobre educação, política e sindicalismo. São Paulo: UNESP 2004.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
A proposta de publicação observa e atende a Lei de Direito Autoral n. 9610/98, a Lei nº 5.805/72, bem como os Acordos e Tratados Internacionais de Direito Autoral em vigor no Brasil, quais sejam: Convenção de Berna para a Proteção de Obras Literárias e Artísticas (Decreto Nº 75.699, DE 6 DE MAIO DE 1975), Convenção Universal sobre o Direito de Autor (Decreto Nº 76.905, de 24 DE DEZEMBRO DE 1975), e a Convenção Interamericana sobre os Direitos de Autor em Obras Literárias, Científicas e Artísticas (Decreto Nº 26.675, DE 18 DE MAIO DE 1949).
Os direitos sobre as publicações nesta revista eletrônica pertencem ao(s) autor(es), com direitos de primeira publicação cedidos à Revista INTERAÇÕES SOCIAIS (REIS). Os artigos aqui publicados são de uso gratuito em aplicações educacionais e de pesquisa, sem fins comerciais e disponibilizados na Internet no site da revista.
Os autores assumem a responsabilidade de que os artigos submetidos à Revista INTERAÇÕES SOCIAIS não estão sendo submetidos a outra publicação e não foram publicados integralmente em outro periódico. Assumem ainda a responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre o(s) autor(es) eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria dos trabalhos publicados.