Nos confins do tempo histórico
Representações do Brasil na virada para o século XX
DOI:
https://doi.org/10.14295/rbhcs.v15i30.15812Keywords:
Pensamento social brasileiro, Modernidade no Brasil, Teoria SociológicaAbstract
The article examines the ways by which Joaquim Nabuco, Silvio Romero, Nina Rodrigues as well as Euclides da Cunha and Manoel Bomfim interpreted Brazil’s national formation and its obstacles towards modernity. According to the first hypothesis, notwithstanding the specificities of each one of the authors and works considered here, their ideas reside within a given episteme which articulates a historicist conception of modernity with a substantialist perspective on the Brazilian experience. Secondly, I contend that this frame of reference rests on a perceptive horizon circumscribed by an abstract and progressive temporality due to which the alleged distinctive attributes of Brazil and their corresponding pattern of sociability acquire chronological connotations. In my view, this train of thought inevitably ushers in the ratification of the idea of an unfinished societal formation that remains subordinated to the leading modern contexts.
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