Povos dos Altos Rios Doce, Jequitinhonha, Mucuri e São Mateus: paisagens de “perigos” e “pobreza”, transformações e processos identitários
DOI:
https://doi.org/10.14295/rbhcs.v10i20.495Resumo
O trabalho busca recuperar, por meio de uma etnografia histórica - cujo eixo narrativo é centrado na categoria paisagem, na situação do meio ambiente e suas transformações -, a história da ocupação de uma região de fronteira nos altos dos rios Doce, Mucuri, Jequitinhonha e São Mateus. A descrição visa a conferir protagonismo aos indígenas em suas relações com os adventícios, naquele contexto de transição para a República e de formação da nacionalidade brasileira.
Downloads
Referências
BARRETO, Adriana et al. Pacificação: o que é e a que se destina. Rio de Janeiro: Ed. Alameda. (2017).
CASTRO, Filipe J. da Cunha, Expedição ao Rio Doce: relatório de viagem de inspeção à 1ª, 5ª, 6ª e 7ª divisão do rio Doce, realizada pelo Comandante Interino do Quartel Geral das Divisões, dirigido ao Presidente da Província das Minas Gerais, em 09/11/1832. RAPM XVII, 1913 (1832), pp. 78-90.
CULTRERA, Samuel. Entre os Selvagens. Belo Horizonte: BDMG Cultural, 2000 (1909).
D’ORBIGNY, Alcide, Viagem Pitoresca Através do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1976 (1836).
DEAN, Warren, 1996. A Ferro e Fogo: a história e a devastação da mata atlântica brasileira. São Paulo: Cia das Letras.
EHRENREICH, Paul. Índios botocudos do Espírito Santo no século XIX. Vitória, Ed. IHGES, 2004 (1887).
ESPÍNDOLA, Haruf S. A navegação do Rio Doce: 1800-1850. Navigator, v.3 , n.5, p.50-72, 2007.
ESPÍNDOLA, Haruf S. Sertão do Rio Doce. Bauru: Edusc /Univale/Instituto Terra, 2005.
FANON, Franz. Os Condenados da Terra. Ed Civilização Brasileira. 1978.
GALVÃO, Eduardo. Encontro de Sociedades: Índios e Brancos no Brasil, Eduardo Galvao, 193-228. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
GOMES, José Cândido. Relatório da Comissão Liquidadora da Companhia do Mucuri, Rio de Janeiro: Tipografia Nacional, 1862.
LANGFUR, Hal Lawrence. The Forbidden Lands: frontier settlers, slaves, and Indians in Minas Gerais, Brazil, 1760-1830. Tese Ph.D. University of Texas-Austin, EUA, 1999.
LEMES DA CRUZ, Juliana. Escassez de Água: Impactos socioambientais e a segurança alimentar e nutricional sustentável. Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu: Saúde, Sociedade e Ambiente UFVJM, 2015.
MARCATO, Sônia de A. A Repressão contra os Botocudos em Minas Gerais. Boletim do Museu do Índio: 1. Etno-História. Rio de Janeiro, 1979.
MARLIÈRE, Guido Thomaz, 1906. Notícias e Documentos sobre a sua vida. RAPM XI, pp. 3-603.
MARLIÈRE, Guido Thomaz. “Correspondência – Notícias sobre os Botocudos: religião, política”. O Universal, números 55, 58, 62, 64. Ouro Preto, 1825.
MARLIÈRE, Guido Thomaz. Ofícios. RAPM X, pp. 382-668, 1905.
MIKI, Yuko. Frontiers of Citizenship: A black and indigenous history of postcolonial Brazil. New York: Cambridge University Press.
MIRANDA, Nilmario. Teófilo Otoni, a República e a Utopia do Mucuri. Ed. Caros Amigos, São Paulo, 2007.
MISSAGIA DE MATTOS, Izabel. Os dilemas da ‘civilização’ sob o olhar do professor indígena Domingos Ramos Pacó, na transição para a República. Em: PACHECO DE OLIVEIRA, coord. Os Brasis e suas memórias: os indígenas na formação nacional, 2018. Disponível em: http://osbrasisesuasmemorias.com.br/category/etnias/botocudo/ Acesso em 15/04/2018
MISSAGIA DE MATTOS, Izabel. Pacificação dos Indígenas nas Minas Oitocentistas e seus significados para a nacionalidade brasileira em formação. Em: BARRETO, Adriana et al. Pacificação: o que é e a que se destina. Rio de Janeiro: Ed. Alameda, 2017.
MISSAGIA DE MATTOS, Izabel. Povos em Movimento nos Sertões do Leste (Minas Gerais, 1750-1850). Nuevo Mundo Mundos Nuevos, 2012.
MISSAGIA DE MATTOS, Izabel. Civilização e Revolta: os Botocudos e a catequese na Província de Minas. Bauru: Edusc/Anpocs, 2004.
MORAES, W. Gomes. Itambacuri: o vale das águas. São Paulo: Ed. Ixtlan, 2014.
MORENO, Cezar, A Colonização e o Povoamento do Baixo Jequitinhonha: a guerra contra os índios. Belo Horizonte: Canoa das Letras, 2001.
OTONI, Teófilo Benedito. A Colonização do Mucuri: memória justificativa, em que se explica o estado atual dos colonos estabelecidos no Mucuri e as causas dos recentes acontecimentos naquela Colônia pelo Diretor da Companhia do Mucuri, Teófilo Benedito Otoni, 2002 (1858a). Em: DUARTE, Regina H., org. Notícia sobre os Selvagens do Mucuri. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2002.
OTONI, Teófilo Benedito. Condições para a Incorporação de uma Companhia de Comércio e Navegação do Rio Mucuri. Rio de Janeiro, Tipografia de Imp. e Const. de J. Villeneuve e Companhia, 1847. “
OTONI, Teófilo Benedito. Notícia sobre os Selvagens do Mucuri em uma carta dirigida pelo Sr. Teófilo Benedito Otoni ao Sr. Dr. Joaquim Manuel de Macedo, 2002 (1858). Em: DUARTE, Regina H., org. Notícia sobre os Selvagens do Mucuri. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2002.
PACÓ, Domingos Ramos. Hámbric anhamprán ti mattâ nhiñchopón? 1918. Em: RIBEIRO, Eduardo, org. Lembranças da Terra: histórias do Mucuri e Jequitinhonha. Contagem: Cedefes, pp. 198-211, 1996 (1918).
PALAZZOLO, Jacinto de. Nas Selvas dos Vales do Mucuri e do Rio Doce. Como surgiu a cidade de Itambacuri, fundada por Frei Serafim de Gorizia, Missionário Capuchinho (1873-1952). São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1973 [1954].
PEREIRA, Carlos Olavo da Cunha, 1988. Nas Terras do Rio Sem Dono. Rio de Janeiro: Ed. Codecri.
Pereira, Serafim A. da S. 1989. Itambacuri e sua história. Vol I e II. Belo Horizonte: Imprensa Oficial.
PIMENTA, Demerval J. A mata do Peçanha: sua história e sua gente. Belo Horizonte, 1966.
PIMENTA, Demerval J. Aspectos do Povoamento do Leste de Minas. Separata da Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais XIV, pp. 369-392, 1974.
PIMENTA, Demerval J. Evolução do Sistema Viário da Capitania e Província de Minas Gerais. RIHGB. Vol. XIV, 1970.
PIZARRO, Monsenhor J.S.A. Memórias Históricas da Província de Minas Gerais. RAPM. XIII, pp. 523-639, 1909.
POHL, Emmanuel. Viagem no interior do Brasil empreendida nos anos de 1817 a 1821. Vol. II. Rio de Janeiro, Instituto Nacional do Livro, 1951(1817-1821).
PÔRTO, Reinaldo Ottoni, A Bandeira de João da Silva ‘O Mestre de Campo’, o Todos os Santos e os Selvagens do Mucuri. Separata da Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais II, 1946. pp. 142-177.
PÔRTO, Reinaldo Ottoni. Notas Históricas do Município de Teófilo Otoni. Vol. I. Teófilo Otoni, 1928.
RADDING, Cynthia. Paisajes de Poder e Identidad: fronteras imperiales en el desierto de Sonora y bosques de la Amazonia. Mexico, DF: Centro de Investigaciones y Estudios Superiores en Antropologia Social, 2014.
RENAULT, Pedro Victor, “Relatório da exposição dos rios Mucury e Todos os Santos, feita por ordem do Exmo. Governo de Minas Gerais pelo engenheiro Dr. Pedro Victor Renault, tendente a procurar um ponto para degredo”. RAPM VIII, 1903 [1836]. pp 1049-1056.
RIBEIRO, Eduardo, org. Lembranças da Terra: histórias do Mucuri e Jequitinhonha. Contagem: Cedefes, pp. 198-211, 1996.
RUBINGER, Marcos M, Projeto de Pesquisa Maxakali, Grupo Indígena do Nordeste de Minas Gerais. Mimeo. 1963.
RUDOLPH, Bruno. Worterbüch der Botokudensprache. Hamburg. Vol. VIII. , 1909. 85 p.
SAINT-ADOLPHE, J. O. R. Millet de, Diccionario Geographico, Historico e Descriptivo, do Imperio do Brazil. Paris: J. P. Aillaud Ed. 1845.
SAINT-HILAIRE, Auguste de, Viagem ao Espírito Santo e Rio Doce. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Ed. USP, 1974 (1818).
SAINT-HILAIRE, Auguste de, Viagens pelas Províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, 1975 (1830).
TSCHUDI, Johan Jakob von, Reisen durch Sudämerika, 5 vols, Vol II, Stuttgart: Brockhaus, 1971 (1866).
WIED NEUWIED, Maximiliano de, Viagem ao Brasil, Companhia Ed. Nacional, Coleção Brasiliana 1958 (1823).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Revista Brasileira de História & Ciências Sociais implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Revista Brasileira de História & Ciências Sociais como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.