Das Jornadas de 2013, de Rousseff ao “Capitão”
agentes, interesses latentes e a trajetória da crise institucional brasileira (2013-2018)
DOI:
https://doi.org/10.14295/reis.v6i2.15564Palavras-chave:
Brasil, agentes políticos, crise institucional, PT, autoritarismoResumo
Esse trabalho aborda a trajetória da crise brasileira pós-2013 e alterações institucionais subsequentes. Nela, setores da Justiça e do controle de contas públicas, da tecnoburocracia e do capital se articularam à ascensão de neófitos políticos de linha conservadora e antigos defensores do período de Regime Autoritário Brasileiro. Investiga as razões para mudanças de rumos institucionais vigentes até Rousseff. Analisa a identidade dos agentes políticos, suas posições e com base em evidências, os interesses latentes que os motivaram a proporcionar profundas mudanças nas políticas construídas na década de 2000 para as de 2010. Pesquisa qualitativa, exploratória e documental, que segue uma abordagem institucionalista assentada na análise da sequência de eventos nos quais a conjuntura e timings importaram para mudar a trajetória bem-sucedida dos regramentos instituídos nos governos democrático-emancipatórios do PT, os substituindo por novas instituições liberais e autoritário-conservadoras.
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