Modulações algorítmicas em plataformas digitais e o colonialismo de dados: reflexões para a construção de uma agência descolonial
Resumo
Os sistemas algorítmicos modulam as subjetividades no contemporâneo, através do uso de diferentes instrumentos e técnicas que reificam a noção de um humano colonial e reiteram uma lógica antropocêntrica. Como podemos resistir nas (e com as) plataformas digitais? As xenofeministas acreditam na ação de redesenhar as funcionalidades das materialidades tecnológicas, e produzir alianças com aquilo que nos é estranho, com forças alienígenas, externas e inumanas. Faz-se fundamental a experimentação da descolonização das epistemologias, dos saberes psis, dos imaginários sociotécnicos e de ações coletivas nos espaços digitais. Assim, o presente artigo tem como objetivo apostar na (re)apropriação da técnica e da imaginação, além de uma outra (xeno)cosmopercepção para apreender as dinâmicas micromateriais envolvidas nas modulações algorítmicas, a fim de ficcionarmos coletivamente agências descoloniais, que não reproduzam hierarquias violentas e opressoras, e que possam nos ofereçam novas possibilidades de mundos, em um contexto tecno(necro)biopolítico.
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