A “Amarela maldita”

A epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro pelas páginas do Correio Mercantil (1850)

Autores

  • Geison Siqueira UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.14295/rbhcs.v14i28.14136

Palavras-chave:

Brasil Império, Imprensa, Epidemia

Resumo

O presente artigo pretende discutir o papel da imprensa do Rio de janeiro, mais especificamente o jornal Correio Mercantil, como local de debate sobre a epidemia de 1850 e suas funestas consequências para a população da cidade. Ao usar a imprensa como fonte para a compreensão das representações e idealizações sociais do enfrentamento estatal à epidemia e as discussões feitas por leitores em publicações a pedido, o trabalho pretende explorar o aspecto ambíguo e complementar de um jornal que tem uma agenda política e partidária evidente ao mesmo tempo que reflete e dialoga com as representações cotidianas da rotina de uma cidade.

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Biografia do Autor

Geison Siqueira, UFRJ

Doutor em História UFRJ.

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Publicado

2022-09-01

Como Citar

Siqueira, G. (2022). A “Amarela maldita”: A epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro pelas páginas do Correio Mercantil (1850). Revista Brasileira De História & Ciências Sociais, 14(28), 88–109. https://doi.org/10.14295/rbhcs.v14i28.14136