Os costumes no planalto catarinense: dos embates no movimento sertanejo do Contestado à luta contra as imposições do capital estrangeiro (1912-1919).

Autores/as

  • Alexandre Assis Tomporoski Universidade do Contestado

DOI:

https://doi.org/10.14295/rbhcs.v7i14.277

Resumen

Este artigo tem por objetivo analisar os costumes praticados pelos sertanejos do planalto catarinense, adotados desde o século XVIII, a partir dos quais emergiram relações de solidariedade e relações conflituosas, aplicadas pelos sertanejos nos embates da Guerra do Contestado e na luta contra as imposições do capital estrangeiro em expansão na região. Com este intuito, o texto ampara-se no enfoque de capital social para expor as relações solidárias e conflituosas, oriundas das práticas dos costumes pelos sertanejos. O exame minucioso dos costumes utilizados nas práticas laborais, isto é, o pixirum,  a roça cabocla e a criação comunal de animais, assim como dos costumes utilizados nas práticas religiosas, representados principalmente pela devoção a São João Maria, o fandango de São Gonçalo e as festas religiosas, oferece nova perspectiva sobre as relações solidárias e conflituosas entre os sertanejos. Esse entendimento desvela que, em suas relações conflituosas nos desdobramentos do movimento sertanejo do Contestado e em oposição ao avanço do capital estrangeiro, os sertanejos não foram meros jagunços ou fanáticos, mas pessoas dotadas de uma profunda racionalidade – proveniente de seus costumes – que lutaram por aquilo que consideravam justo e seu por direito.

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Publicado

2016-02-28

Cómo citar

Tomporoski, A. A. (2016). Os costumes no planalto catarinense: dos embates no movimento sertanejo do Contestado à luta contra as imposições do capital estrangeiro (1912-1919). Revista Brasileira De História & Ciências Sociais, 7(14), 27–56. https://doi.org/10.14295/rbhcs.v7i14.277