Cartografias de Mulheres na Prostituição
DOI:
https://doi.org/10.14295/rbhcs.v14i29.14054Keywords:
. Relações de Gênero. Violência Estrutural.Abstract
In this research, we seek to narrate the life stories of adult women who work as prostitutes in a small town in the countryside, located in the southeastern region of the state of Mato Grosso do Sul (MS). In order to map the experiences lived by these different women in prostitution, we resorted to the qualitative approach of research in Psychology, supported by the theoretical contributions of Cultural and Queer Studies and by the method of discourse analysis, by Michel Foucault. Cartography and participant observation helped us in field activities and in conducting long-term interviews with 10 (ten) women who worked in different territories/spaces of prostitution in the city, such as bars, houses and streets. Several factors contributed to the entry and permanence of our participants in prostitution, especially the recurrent episodes of structural and gender violence, experienced from childhood to adulthood.
Downloads
References
ANZALDÚA, Gloria. Falar em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do terceiro mundo. Revista Estudos Feministas, v.8, p. 229-236, 2000.
AZERÊDO, Sandra Maria da Mata. Teorizando sobre gênero e relações raciais. Revista Estudos Feministas, v.2, p. 203-216, 1994.
AZERÊDO, Sandra Maria da Mata. O político, o público e a alteridade como desafios para a psicologia. Revista Psicologia: ciência e profissão, v.4, p. 14-23, 2002.
BRUSCHINI, Maria Cristina Aranha. Trabalho e gênero no Brasil nos últimos dez anos. Cadernos de Pesquisa, v.37, p. 537-572, 2007.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. v.1. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995.
DELPHY, Christine. Patriarcado (teorias do). In: HIRATA, Helena; LABORIE, Françoise; LE DOARE, Hèléne; SENO TIER, Deniéle (Orgs). Dicionário crítico do feminismo. São Paulo: Editora da UNESP, 2009, p. 173-183.
DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS – DIEESE. Os negros no trabalho, v.1, p. 01-26, 2013.
FONSECA, Dagoberto José. A (re)invenção do cidadão de cor e da cidadania. Cadernos do Ceas - Centro de Estudos e Ação Social, v. 210, p. 01-12, 2004.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade: o uso dos prazeres. Rio de Janeiro: Graal, 1984.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Edições Loiola, 1996.
HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, v.5, p. 07-41, 1995b.
HARAWAY, Donna. Modest_Witness@Second_Millennium. FemaleMan©_Meets_OncoMouse™. New York, London: Routledge, 1997, Cap. 6, p. 213-265. Tradução livre de Sandra Azerêdo (sem revisão ainda).
HIRATA, Helena; KÉRGOAT, Daniéle. Novas configurações da divisão sexual do trabalho. Cadernos de Pesquisa, v. 37, p. 595-609, 2007.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Nota 1: Estimativas da população residente no Município de Mato Grosso do Sul, com data de referência 1º de julho de 2014. Brasília: Publicado no Diário Oficial da União em 28 agos. 2014. Disponível em: < http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codmun=500620&idtema=130&sear c h=mato-grosso-do-sul|nova-andradina|estimativa-da-populacao-2014>. Acesso em: 03 fev. 2014.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA – IPEA. Retrato das desigualdades de gênero e raça. Brasília: IPEA, 2011.
LAURETIS, Teresa de. A tecnologia do gênero In: HOLLANDA, Heloisa (Org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1987, p. 206-242.
MUNIZ, Jerônimo Oliveira. Sobre o uso da variável raça-cor em estudos quantitativos. Revista de Sociologia e Política, v.18, p. 277-291, 2010.
NETO, Otávio Cruz; MOREIRA, Marcelo Rasga. A concretização de políticas públicas em direção à prevenção da violência estrutural. Revista Ciência e Saúde Coletiva, v.4, p. 33-52, 1999.
PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana da. Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009.
PENHA, Jardeliny Côrrea da; et al. Caracterização da violência física sofrida por prostitutas do interior piauiense. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 65, p. 984-990, 2012.
PETRUCCELLI, José Luis; SABOIA, Ana Lucia (Org). Características étnico-raciais da população. In: ______. Estudos e análises – informações demográficas e socioeconômicas. Rio de Janeiro: IBGE, p. 187-190, 2013.
PISCITELLI, Adriana. Recriando a (categoria) mulher? In: ALGRANTI, Leila Mezan (Org.). A prática feminista e o conceito de gênero. Textos Didáticos. Campinas: IFCH/Unicamp, p. 07-42, 2002.
PRECIADO, Beatriz. TESTO Yonqui. Madrid: Espasa Calpe, 2008.
RIBEIRO, Manuela. As prostitutas também são mães: contornos e conteúdos de uma condição (quase sempre) extrema. Anais do V Congresso Português de Sociologia. Portugal: Universidade do Minho, 2010.
RODRIGUES, Marilena Teixeira. A prostituição no Brasil contemporâneo: um trabalho como outro qualquer? Revista Kátal, v. 12, p. 68-76, 2009.
ROMAGNOLI, Roberta Carvalho. A cartografia e a relação pesquisa e vida. Revista Psicologia & Sociedade, v. 21, p. 166-173, 2009.
SILVA, Rosane Neves da. A invenção da psicologia social. Petrópolis: Vozes, 2005.
SINUÉS, Olga Arisó; JIMÉNEZ, Rafael Mérida. Los géneros de la violencia: uma reflexión queer sobre la violencia de género. Barcelona/Madri: Egales Editorial, 2010.
SOUZA, Antonio Clarindo Barbosa. Lazeres permitidos, prazeres proibidos: sociedade, cultura e lazer em Capina Grande (1945- 1965). Tese (Doutorado em História), Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Recife, 2002.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010.
THOMPSON, Paul. A miséria da teoria ou um planetário de erros. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
ZAMBENEDETTI, Gustavo; SILVA, Rosane Azevedo Neves da. Cartografia e genealogia: aproximações possíveis para a pesquisa em psicologia social. Revista Psicologia & Sociedade, v. 23, p. 454-463, 2011.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Luciana Codognoto
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Concedo a Revista Brasileira de História & Ciências Sociais o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.
Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Revista Brasileira de História & Ciências Sociais acima explicitadas.