Pagamento por serviços ambientais e a proteção do Pantanal: promessa ou dívida?

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.14295/juris.v34i2.17419

Palabras clave:

Pantanal, Pagamento por Serviços Ambientais, Proteção de Biomas, Arranjos institucionais

Resumen

O presente artigo tem como objetivo principal a análise do papel do pagamento de serviços ambientais em função da proteção ambiental do bioma do Pantanal, sabidamente rico em relação a sua oferta de serviços ecossistêmicos. Assim, em busca de tal objetivo, foi aplicada uma análise qualitativa dos fundamentos jurídicos que respaldam a proteção de biomas especificamente quanto aos instrumentos tuteladores do Pantanal, tanto no âmbito federal quanto Estadual do Mato Grosso do Sul. Tal metodologia foi aplicada em função da hipótese de que a proteção do Pantanal mediante a utilização de pagamentos por serviços ambientais vem sendo postergada no âmbito federal e estadual, apesar de se mostrar muito compatível ao bioma devido à sua característica de riqueza de funções ecossistêmicas. O estudo conclui com a confirmação parcial da hipótese, uma vez que, de fato, a proteção específica do bioma Pantanal no âmbito estadual vem sendo construída de forma lenta ao longo da última década. Contudo, não é possível afirmar que tal demora é devida a uma postergação da pauta pelo Poder Público Estadual, uma vez que há, sim, medidas de PSA no estado em proporções significativamente grandes. Mesmo assim, é preciso que o Poder Público se atente aos critérios e deveres presentes no arranjo institucional voltado ao PSA no âmbito estadual visando garantir sua implementação e transparência, sob risco de incorrer em omissão inconstitucional, vide a recente jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

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Biografía del autor/a

Matheus Monteiro Martinez, Universidade de São Paulo, FDUSP, Brasil

Atualmente é aluno graduação da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Direito Ambiental, com ênfase em Mudanças Climáticas. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8651261797789613

Ana Maria de Oliveira Nusdeo, Universidade de São Paulo, FDUSP, Brasil

Professora Associada nível 3 do Departamento de Direito Econômico, Financeiro e Tributário da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, na subárea de Direito Ambiental da FD-USP, onde atua desde 2007, além de lecionar a disciplina de Direito Ambiental na Escola Politécnica no Instituto de Química, ambos da mesma Universidade. Bacharel (1992), doutora (2000) e livre docente (2011) pela USP, foi visiting scholar na Universidade de Wisconsin-Madison em 2008 e em 1996-97, com bolsa da Fundação Fullbright. É coordenadora do Eixo Meio Ambiente, no Programa Eixos Temáticos da Universidade de São Paulo, membro do Conselho Consultivo do Centro de Estudos da Amazônia Sustentável (CEAS) e vice-presidente da Comissão de Cooperação Internacional e Nacional - CCint da Faculdade de Direito, desde 2022. Foi presidente da Comissão de Cultura e Extensão (2013/2017) e vice-presidente da Comissão de Pesquisa da FDUSP (2018-2022). É representante da América Latina no Comitê Diretor da International Union for the Conservancy of Nature Academy of Environmental Law (IUCNAEL), desde 2018, e conselheira do Fundo Brasileiro de Biodiversidade - FUNBIO, desde 2021. Integrou a delegação brasileira na Conferência das Partes (COP)-15 da Convenção Quadro sobre Mudanças Climáticas, em 2009. Foi professora visitante na Universidade de Lyon 3, Jean Monet, em janeiro de 2023. Foi presidente do Instituto o Direito por um Planeta Verde (2017/2019), sendo sua Diretora de Biodiversidade. Vencedora do Prêmio Jabuti (1. Lugar na categoria Direito) em 2013, pelo livro Pagamento por Serviços Ambientais: Sustentabilidade e Disciplina Jurídica (Atlas. 2012), sendo autora de outros livros e de diversos artigos e publicações. Tem como tema central de pesquisa as relações entre direito, economia e meio ambiente, sendo coordenadora do Grupo de Pesquisa "Direito Ambiental, Economia e Sustentabilidade GPDAES e da atividade de extensão Oficina de Direito Ambiental. Atualmente, participa do Projeto de Pesquisa Internacional Contributions de lAmérique latine à lesquisse dun droit commun, financiado pelo Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS) e coordenado pelo Institut des Sciences Juridique et Philosophique de la Sorbonne, integrando pesquisadores da Universidade de Paris 1, Universidade de São Paulo, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e Universidad de Monterrey (UDEM) e também da Rede de Pesquisa Red Latinoamericana de Investigación sobre Justicia Ecológica y Climatica e seu Observatório de Litigância Ecológica e Climática da América Latina, compostos por integrantes de Universidades de seis países latino-americanos. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0272979689523122

Carolina Angelozi de Lima, Universidade de São Paulo, USP, Brasil

Pós-graduanda em Conformidade Ambiental com Requisitos Técnicos e Legais na Escola Superior da CETESB (2023). Especialista em Agronegócio pela Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (2022). Bacharela em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2018). Foi integrante e monitora do Grupo de Estudos em Direito Ambiental da Universidade Presbiteriana Mackenzie, coordenado pelo Professor Dr. Ricardo Pedro Guazzelli Rosario (2015-2019). Foi pesquisadora bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (2017-2018). Membro da Comissão dos Novos Advogados do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) e da Latin American Climate Lawyers Initiative for Mobilizing Action (LACLIMA). Advogada de Direito Ambiental e Mudanças Climáticas no Mattos Filho. Linha de pesquisa: Direito ambiental com ênfase em Direito Econômico e Mudanças Climáticas. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7551711715640594

Publicado

2024-11-06

Cómo citar

Monteiro Martinez, M., de Oliveira Nusdeo, A. M., & Angelozi de Lima, C. (2024). Pagamento por serviços ambientais e a proteção do Pantanal: promessa ou dívida?. JURIS - Revista De La Facultad De Derecho, 34(2), 135–157. https://doi.org/10.14295/juris.v34i2.17419

Número

Sección

Dossiê Temático - Serviços Ecossistêmicos e Ambientais