Romancear é rir: "Tanto faz", de Reinaldo Moraes, sob o signo do humor

Autores

  • Daniel Baz dos Santos Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - IFRS/Campus Rio Grande

Palavras-chave:

Romance Brasileiro contemporâneo, Riso, Bakhtin, Carnavalização.

Resumo

Em Tanto faz, Reinaldo Moraes usa o humor como base para a organização narrativa. Tal estratégia se aproxima da teoria bakhtiniana, que vê o riso como fator constitutivo da romanesca. Dessa forma, beneficiando-se do uso consciente do distanciamento cômico, o autor cria uma espécie de narrador
cindido, essencialmente bivocal, cuja palavra transita em dois níveis discursivos diferenciados, fenômeno que permite lançar um olhar enviesado e crítico para os acontecimentos históricos que contextualizam a obra, assim como para suas estratégias de configuração formal e para a situação da literatura brasileira na década de 80.

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Referências

BAKHTIN, Mikhail. Cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo:

Hucitec; Brasília: Ed. UnB, 1999.

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contemporânea. Vinhedo: Horizonte, 2012.

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Publicado

2020-07-20

Como Citar

Santos, D. B. dos. (2020). Romancear é rir: "Tanto faz", de Reinaldo Moraes, sob o signo do humor. Cadernos Literários, 26(2), 18–26. Recuperado de https://periodicos.furg.br/cadliter/article/view/11728

Edição

Seção

Seção Livre