Compartilhando simbologias: os contos de fadas em "A gaiola de ferro" como instrumento de reescritura histórica
Resumo
Este trabalho se dedica a analisar a obra dramática da escritora canadense Anne Hébert intitulada A gaiola de ferro (2003) a partir do ponto de vista referencial, dando vazão às diversas conversas e interrelações encontradas entre a peça da autora e os contos de fada, mais especificamente a história de “A Bela e a Fera”, dentre outras. Levando em consideração que a obra de Hébert almeja reescrever a narrativa tornada mito da vida da quebequense Marie-Josephte Corriveau, atualmente reconhecida historicamente como uma assassina impiedosa e uma bruxa, buscamos entender de que forma a essência, assim como o formato e objetivos desse espécime da literatura infantil, servem aos propósitos de Hébert, permitindo uma reescritura da narrativa de Corriveau.