Os códigos espectrais do feminicídio em contos brasileiros

Autores

  • Carlos Magno Gomes Universidade Federal de Sergipe - UFS

Resumo

Este artigo traz um estudo sobre a língua espectral do feminicídio representada em contos de Lygia Fagundes Telles, Nélida Piñon, Clarice Lispector e Marina Colasanti, que relacionam esse crime a valores morais de menosprezo pelo corpo da mulher. A partir de abordagens feministas, defendemos a hipótese de que o feminicídio é normatizado por uma simbologia moral que aprisiona a mulher a valores obsoletos como “crime de honra” e “posse do corpo feminino”, segundo estudos de Rita Segato (2003) e Lia Zanotta Machado (2019). O repertório dessa violência é mantido por meio de uma “língua espectral”, de acordo com reflexões de Giorgio Agamben (2010), visto que o feminicídio é normatizado por atos que tendem a vigiar e punir mulheres fora do padrão patriarcal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

07-04-2024

Como Citar

Magno Gomes, C. (2024). Os códigos espectrais do feminicídio em contos brasileiros. Cadernos Literários, 29(1), 38–46. Recuperado de https://periodicos.furg.br/cadliter/article/view/16871