Memórias de mulheres

O legado cinematográfico do Novo Cinema Latino-Americano em Treinta y Dos (Ana Mohaded, 2012) e Con Nombre de Flor (Carina Sama, 2019).

Autores

  • Ana Paula Compagnucci UNC-CONICET

DOI:

https://doi.org/10.63595/reis.v8i2.18047

Palavras-chave:

Cinemas pós-ditadura, Novo Cinema Latino-Americano, Con nombre de flor, Treinta y dos, regionalismo

Resumo

O cinema latino-americano caracterizou-se por abordar a exclusão social produzida pelas ausências do Estado e pelas políticas neoliberais, destacando em suas narrativas a violência e o desamparo que afetam os sujeitos marginalizados pelas instituições. 

O Plano Condor, cujos antecedentes remontam ao golpe de Estado de 1964 no Brasil, espalhou-se por toda a América Latina, como uma campanha de repressão e terrorismo de Estado coordenada por ditaduras militares, a partir da qual foram planejadas e executadas políticas oficiais de extermínio, tortura, desaparecimento forçado e em massa de pessoas.  

São analisados dois filmes, Treinta y dos (ANA MOHADED, 2012) e Con nombre de flor (CARINA SAMA, 2019), que encenam a luta de resistência, tanto durante os anos do golpe cívico-militar argentino quanto nos anos anteriores a ele, considerando o fortalecimento de uma corrente de discursos negacionistas na América Latina e também no mundo.

Biografia do Autor

Ana Paula Compagnucci, UNC-CONICET

Pesquisadora da Faculdade de Artes da Universidad Nacional de Córdoba (Argentina),
com bolsa do CONICET. Realizadora audiovisual de curtas e longas-metragens
independentes com ancoragem territorial e perspectiva de gênero, que colocam em cena
questões sociais. É bacharel em Cinema e TV pela UNC e doutoranda em Semiótica no
Centro de Estudios Avanzados da FCS e da FFyH da mesma universidade. Aborda
temáticas que articulam os estudos latino-americanos com teorias fílmicas feministas a
partir de uma perspectiva semiótica. Integra a rede DOCLA (Documentaristas Latinoamericanas)
e o grupo de pesquisa. Transitando imagens e territórios na audiovisualidade
de Córdoba (2010-2023): cartografias cinematográficas, dispositivos artísticos e derivas
tecnopoéticas.

Referências

BARTHES, Roland. El grado cero de la escritura: seguido de Nuevos ensayos críticos. México DF, siglo XXI, 2014 .

BIRRI, Fernando. Soñar con los ojos abiertos: Las treinta lecciones de Stanford. Buenos Aires, Aguilar, 2007A.

BIRRI, Fernando. Cómo se filma un film “Doc-Fic”. Córdoba, Espanha-Havana, Cuba, Conselho Provincial de Córdoba, Delegação de Cultura, 2007B.

Camblong, Ana María. Habitar la frontera, deSignis [S. l.], n. 13, p. 125-133, 2009. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/6060/606066732013.pdf.

De Lauretis, Teresa. Alicia ya no ya: feminismo, semiótica, cine. Madrid, Cátedra, 1992.

Doll, Darcie, Escapar de los géneros entrando en ellos. Una tendencia del cine latinoamericano actual, Comunicación y medios, Santiago de Chile, n. 26, p. 51-59, 2012. Disponível em: https://comunicacionymedios.uchile.cl/index.php/RCM/article/view/26103/27997.

Depetris Chauvin, Irene. Geografías afectivas: Desplazamientos, prácticas espaciales y formas de estar juntos en el cine de Argentina, Chile y Brasil (2002-2017). Pittsburgh, Latin America Research Commons, 2019.

Flores, Silvana. El Nuevo Cine Latinoamericano y su dimensión continental. Buenos Aires, Imago Mundi, 2013.

Getino, Octavio & Solanas, Fernando .Hacia un tercer cine, Revista Tricontinental, La Habana, n. 13, p. 107-132, 1969, Disponível em: https://cinedocumentalyetnologia.wordpress.com/wp-content/uploads/2013/09/hacia-un-tercer-cine.pdf.

Kaliman, Ricardo J. Las regiones subjetivas. Bandoleros argentinos y un chamamé de frontera, em X Seminário Internacional de História da Literatura, Porto Alegre, 2013, Disponível em: https://editora.pucrs.br/edipucrs/acessolivre/Ebooks//Web/x-sihl/media/mesa-6.pdf

Kusch, Rodolfo. Geocultura del hombre americano, Buenos Aires, Fernando Garcia Cambeiro, 1976.

Kusch, Rodolfo. Annotations for an Aesthetics of the American, Revista comentario, [S. n.], , 30 p. Buenos Aires, 1955.

Lotman, Iuri. La semiosfera I, Madrid, Universitat de València, 1996.

Lusnich, Ana Laura e Campo, Javier (2018), Introducción: El cine argentino y su dimensión regional, Aura Revista de Historia y Teoría del Arte, n. 8, p. 2-7, 2018, Disponível em: https://www.ojs.arte.unicen.edu.ar/index.php/aura/article/download/614/526/1609.

Mestman, Mariano [et al] Las rupturas del 68 en el cine de América Latina, Buenos Aires, Ediciones Akal, 2016.

Rich, B. Rubi. Hacia una demanda feminista en el nuevo cine latinoamericano, Debate feminista, n. 5, p. 292-320, 1992, Disponível em: https://debatefeminista.cieg.unam.mx/df_ojs/index.php/debate_feminista/article/view/1571/1408.

Siragusa, Cristina (2018), Cruzando fronteras: identidades, series de ficción federal y road movie en la televisión argentina, Revista Comunicación y Medios, n.37, p. 156-167, Disponível em: https://comunicacionymedios.uchile.cl/index.php/RCM/article/view/48619/52970.

Weinrichter, A. La forma que piensa: tentativas en torno al cine-ensayo , Pamplona, Governo de Navarra, 2007, Disponível em: https://mpison.webs.upv.es/ensayo_audiovisual/archivos/la_forma_que_piensa.pdf.

Referência de filmes

Mohaded, Ana María. Treinta y dos, Kipus Documenta, Argentina, 96 min, 2012. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=uw12vACqxyU&t=204s.

Sama, Carina. Con nombre de flor, Río Films, Argentina, 61 min, 2019. Disponível em: https://vimeo.com/ondemand/namedlikeaflower.

Downloads

Publicado

2025-09-04 — Atualizado em 2025-10-31

Versões

Como Citar

Compagnucci, A. P. (2025). Memórias de mulheres: O legado cinematográfico do Novo Cinema Latino-Americano em Treinta y Dos (Ana Mohaded, 2012) e Con Nombre de Flor (Carina Sama, 2019). Revista Eletrônica Interações Sociais, 8(2), 83–100. https://doi.org/10.63595/reis.v8i2.18047 (Original work published 4º de setembro de 2025)