Corpo-arquivo e um ensaio cartográfico do trauma intergeracional em “La Teta Asustada”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.63595/reis.v8i2.17964

Palavras-chave:

Corpo-arquivo; Mulheres; Violação sexual; América Latina.

Resumo

Trabalhamos neste dossiê com a premissa de que a noção de “arquivo” pode ser compreendida tanto como algo da esfera patrimonial e material como enquanto uma prática cotidiana de fazer e refazer imaginários, tradições e memórias, interconectando passado, presente e futuro: um arquivo em carne viva. A partir deste conceito-chave, vamos analisar aspectos do filme peruano “La teta asustada” (Claudia Llosa, 2009), que traz à tona o tema da violação sexual de mulheres quéchua durante o período de conflito civil armado no Peru, na década de 1980.

Biografia do Autor

Fernanda Sabino, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Fernanda Sabino é jornalista e produtora cultural, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ). É mestre em Comunicação e Sociabilidade Contemporânea pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Sua pesquisa mais recente versa sobre o feminino na voz de Milton Nascimento como potência emancipatória, temática esta que tem investigado em outras produções midiáticas e culturais contemporâneas. 

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Publicado

2025-09-04 — Atualizado em 2025-10-31

Versões

Como Citar

Sabino, F. (2025). Corpo-arquivo e um ensaio cartográfico do trauma intergeracional em “La Teta Asustada”. Revista Eletrônica Interações Sociais, 8(2), 69–82. https://doi.org/10.63595/reis.v8i2.17964 (Original work published 4º de setembro de 2025)