Caminhos epistemológicos para uma educação Amefricana e Aquilombada

Autores

  • Diônvera Coelho da Silva Universidade Federal de Pelotas
  • Giovana Pontes Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.14295/reis.v6i1.14829

Palavras-chave:

Epistemologia, Decolonialidade, Educação, Amefricanidade, Quilombismo.

Resumo

Este artigo visa promover uma discussão teórica sobre as epistemologias decoloniais e seus atravessamentos políticos e históricos para a educação. Desta forma consideramos a importância da  Lei N° 10639/2003, entendemos que ela é fundamental para a construção de uma educação Amefricana e Aquilombada. Deste modo, traçamos  um histórico sobre a produção do conhecimento em diferentes idades das ciências humanas, e identificamos os resquícios epistemológicos que cada período prescindiu para a sociedade. Na sequência, aprofundamos a discussão em torno da perspectiva decolonial a partir de diferentes intelectuais, buscamos assim, compreender de que forma as as epistemologias decoloniais orientam  o desenvolvimento da ciência. Por fim, indicamos os caminhos possíveis em torno de uma pedagogia centrada na Amefricanidade e no Quilombismo. Apostamos nessas perspectivas como potentes para orientar as práticas de ensino promovendo assim, a aplicação  da lei N° 10639/2003 nas escolas. 

Referências

ALCOFF. Linda. Uma epistemologia para a próxima revolução. Revista Sociedade e Estado – v. 31, p. 129-143, 2016, 2016.

Asante, Molefi Kete. Afrocentricidade: Notas sobre uma posição disciplinar. In: Elisa L. Nascimento (org.). Afrocentricidade: Uma abordagem epistemológica inovadora. São Paulo: Selo Negro, 2009, p. 93-110.

SILVA, Geraldo da, ARAÚJO, Márcia. Da interdição escolar às ações educacionais de sucesso: escolas dos movimentos negros e escolas profissionais, técnicas e tecnológicas. In: Jeruse Romão (org.). História da Educação do Negro e outras histórias. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. – Brasília: Ministério da Educação. 2005, p.65-78.

BALLESTRIN. Luciana. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n.11, p. 89-117, 2013. https://doi.org/10.1590/S0103-33522013000200004

BENEDICTO, Ricardo M. Afrocentricidade, Educação e Poder: Uma Crítica Afrocêntrica ao Eurocentrismo no Pensamento Educacional Brasileiro. Tese (Doutorado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.

BENEDICTO, Ricardo Matheus. Educação quilombista: uma proposta de educação afrocentrada no Brasil. Revista Sul Americana de Filosofia e Educação. n. 31, p. 18-33, 2019. DOI: https://doi.org/10.26512/resafe.vi30.28254

CARNEIRO, Aparecida Sueli. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. 2005. Tese (Doutorado em educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.

CAVALLEIRO, Eliane dos Santos. Do silêncio do lar ao silencio escolar: racismo, preconceito e discriminação na educação infantil. São Paulo: Contexto, 2010.

FONSECA, Fernanda Cardoso. Nossa América Ladina:O pensamento(decolonial)de Lélia Gonzalez. Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais) - Programa de Pós Graduação em Relações Internacionais. Universidade Federal da Bahia, Bahia, 2021.

DOMINGUES, Ivan. O grau zero do conhecimento. O problema da fundamentação das ciências humanas. São Paulo: Loyola, 1991.

FANON, Frantz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Editora civilização brasileira S/A. 1968.

FREIRE.Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1970.

GONZALEZ. Lélia. Por um feminismo Latino Americano. Ensaios Intervenções e Ensaios. ZAHAR. 2020.

GONZALEZ. A categoria político-cultural de Amefricanidade. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas. v.15 n.1 2021.

GUADARRAMA GONZÁLEZ, Pablo. Para qué sirve la epistemología a un investigador y un profesor. Bogotá: Editorial Magisterio, 2018.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

MOTA NETO, João Colares da. O giro colonial na América Latina.in:Por uma pedagogia decolonial na América Latina:reflexões em torno do pensamento de Paulo Freire e Orlando Fals Borda. Curitiba: CRV, 2016.

NASCIMENTO. Abdias. O quilombismo: documentos de uma militância pan-africanista. Rio de Janeiro: Fundação Palmares / OR Editor Produtor, 2002.

NASCIMENTO. Beatriz. O conceito de quilombo e a resistência cultural negra. Afrodiáspora 6-7 – Revista do mundo negro, Ipeafro, ano 3, n.6, 1984.

NOGUEIRA, Renato, MORAES, Marcelo José Derzi. A filosofia no Egito Antigo: os gregos não inventaram a filosofia. IN: SANTOS, Franciele Monique Scopetc dos; CORRÊA, Diogo Silva (Orgs.). Ética e filosofia: gênero, raça e diversidade cultural. Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2020. p. 98-113.

NOGUEIRA, Renato.Afrocentricidade e educação: os princípios gerais para um currículo afrocentrado. In: Revista África e Africanidades, ano 3, n.11, 2010.

PENNA, Camila. Paulo Freire no pensamento decolonial: um olhar pedagógico sobre a teoria pós-colonial latino-americana. Revista de Estudos & Pesquisas sobre as Américas, v. 8, n. 2, p. 182-199, 2014.

RACHELS, James. RACHELS. Stuart. Os elementos da filosofia moral. Porto Alegre: AMGH. 2013.

TESSER, Gelson João. Principais linhas epistemológicas contemporâneas. Revista tecnologia e Humanismo. n.18, 1998.

SILVINO. Alexandre Magno Dias. Epistemologia positivista. Qual a sua influência hoje? Revista Psicologia Ciência e Profissão. v.27, n. 2, p. 276-289, 2007.

SOUSA SANTOS, B. Um discurso sobre as ciências. São Paulo: Cortez, 2008.

SOUSA SANTOS, B. E MENESES, Maria P. (Org.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.

Downloads

Publicado

2023-10-02

Como Citar

Coelho da Silva, D. ., & Pontes, G. (2023). Caminhos epistemológicos para uma educação Amefricana e Aquilombada. Revista Eletrônica Interações Sociais, 6(1), 29–45. https://doi.org/10.14295/reis.v6i1.14829

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.