Ingleses X Ingleses: As diferentes reações britânicas ao Tratado Anglo-Brasileiro de 1826 à Lei Feijó-Barbacena de 1831
DOI:
https://doi.org/10.14295/rbhcs.v16i33.18141Palavras-chave:
Ingleses; política externa; tráfico de escravosResumo
A política externa britânica durante a primeira metade do século XIX foi de erradicação do comércio de cativos. Já os fazendeiros e comerciantes britânicos, sejam nas colônias de Sua Majestade, sejam em outras regiões, como no Brasil, não partilhavam dessas ideias. Para eles, o tráfico e a escravidão eram práticas comuns e lucrativas, constituindo-se em habitus de classe, um estilo de vida social e cultural que deveria ser mantido o quanto possível. Neste texto, através de estudos de fontes documentais, buscar-se-á validar a ideia de que a atuação da diplomacia britânica, no seu intento de extinguir o comércio de almas humanas para o Brasil, gerou descontentamentos nos súditos britânicos que viviam e trabalhavam no Rio de Janeiro e que participavam dessa atividade, sendo um grupo muito ativo nos negócios negreiros, inserindo seus interesses dentro das novas normas da segunda escravidão.
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