Cururueiros no Pantanal sul-mato-grossense

Autores

  • Divino Marcos de Sena Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

DOI:

https://doi.org/10.14295/rbhcs.v13i26.12437

Palavras-chave:

Cururu. Siriri. Viola-de-Cocho

Resumo

O cururu e o siriri são folguedos populares existentes no Pantanal brasileiro, a maior planície alagável do planeta. Esses complexos musicais e coreográficos são repletos de simbologias para os seus praticantes tradicionais. Os cururueiros portam um conjunto saberes e práticas que eram transmitidos oralmente e entre familiares e amigos, sobretudo em ambientes rurais. Esse conjunto, intitulado “Modo de Fazer Viola-de-Cocho”, foi registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como Patrimônio Cultural. Apesar disso, ele corre o risco de desaparecer nos municípios de Corumbá e Ladário em Mato Grosso do Sul. Essa é uma das abordagens deste artigo que apresenta as percepções dos cururueiros frente a tal problema, além de analisar os perfis desses indivíduos e o que foi alterado em suas vidas com o reconhecimento nacional dado aos saberes que possuem.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Divino Marcos de Sena, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutor em História. Professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus do Pantanal

Referências

BRITO, Silvia Helena Andrade de. Escola e sociedade na fronteira Oeste do Brasil: Corumbá (1930-1954). 2001. Tese (Doutorado em Educação), Unicamp, Campinas.

CAMPO GRANDE NEWS. Oficina ensina a fazer viola de cocho em a singularidade de cada instrumento, 28/11/2018. Disponível em: https://www.campograndenews.com.br/lado-b/artes-23-08-2011-08/oficina-ensina-a-fazer-viola-de-cocho-e-a-singularidade-de-cada-instrumento. Acesso em: 13/4/2019.

CANCLINI, Nestor Garcia. Culturas híbridas: Estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: Edusp, 2019.

CANDIDO, Antonio. Cururu. Remate De Males, número especial – Antonio Candido (1999): 37-58.

CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.

CHARLE, Christophe. A prosopografia ou biografia coletiva: balanços e perspectivas. In: HEINZ, Flávio Madureira (Org.) Por outra história das elites. Rio de Janeiro: FGV, 2006.

DIÁRIO ON LINE. Confecção da viola-de-cocho é ensinada durante oficina por mestre cururueiro, 21/8/2015. Disponível em: https://diarionline.com.br/?s=noticia&id=78699. Acesso em: 15/4/2019.

Entrevista com: Agripino Soares de Magalhães; André Gomes Moraes; Antônio de Souza Brandão; Antônio Leite da Silva; Benedito Gonçalves da Silva; Carmem Ligia Palhano Faria; Everaldo dos Santos Gomes; Gilbertinho Casimiro do Nascimento; João Cristo de Moura; João Damazio de Pinho; José Alcântara Rodrigues; José Aquino da Silva; José Cabral da Silva; Marciliano Oliveira de Castilho; Mariza de Jesus Pinto de Arruda; Otávio Sebastião Oliveira; Rafael de Jesus Pereira; Sebastião de Souza Brandão; Vergílio Antônio da Costa; Vitalino Soares Pinto. Corumbá/Ladário: UFMS, 2019.

FERREIRA, Marieta; AMADO, Janaína (orgs.). Usos e abusos da História Oral. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2006.

FERREIRA, Marta Martines. Cururu e Siriri: entre naturalistas, viajantes e folcloristas. Aceno, 4, n. 8 (2017): 180-204.

GALETTI, Lylia da Silva Guedes. Sertão, Fronteira, Brasil: imagens de Mato Grosso no mapa da civilização. Cuiabá: EdUFMT/Entrelinhas, 2012.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.

HEINZ, Flávio Madureira. O historiador e as elites – à guisa de introdução. In: ______ (Org.) Por outra história das elites. Rio de Janeiro: FGV, 2006.

IPHAN. Certidão do Modo de fazer Viola-de-Cocho no Livro de Registro de Saberes, 2005. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/VioladeCochoCertidao.pdf. Acesso em: 5/9/2019.

IPHAN. Dossiê: Modo de Fazer Viola-de-Cocho. Brasília: Iphan, 2009.

IPHAN. Titulação de Patrimônio Cultural do Brasil ao Modo de Fazer Viola-de-Cocho, 2004. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Modo_fazer_viola_cocho_titulacao.pdf. Acesso em: 5/9/2019.

MORIN, Edgar. Cultura de Massas no Século XX: O Espírito do Tempo - I / Neurose. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002.

MOUTINHO, Joaquim Ferreira. Notícia sobre a província de Matto Grosso. São Paulo: Typographia de Henrique Schoroeder, 1869.

OSORIO, Patrícia Silva. “Os Festivais de Cururu e Siriri: mudanças de cenários e contextos na cultura popular”. Anuário Antropológico, 37, n. 1 (2012): 237-260.

PEREIRA JÚNIOR, Cleber Alves. O código de posturas e os futuros cururus oitocentistas. In: ANPUH – XXV Simpósio Nacional de História, Fortaleza, Brasil, julho de 2009.

ROCHA, Eunice Ajala. Uma expressão do folclore Mato-grossense: Cururu em Corumbá. 1981. 115 f. Dissertação (Mestrado em História). PUC-RS, Porto Alegre Rocha 1981.

ROMANELLI, Otaíza. História da educação no Brasil: 1930-1973. Petrópolis: Vozes, 1986.

ROZISCA, José Gilberto Garcia. O fazer do Cururu em Corumbá-MS: uma abordagem socioetnolinguística. 2017. Dissertação (Mestrado em Estudos de Linguagens, Campo Grande), UFMS, Campo Grande, p. 60-61.

SCHMIDT, Max. Estudos de Etnologia Brasileira: peripécias de uma viagem entre 1900 e 1901. Seus resultados etnológicos. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1942.

SENA, Divino Marcos de. Entre articulações e conveniências na Câmara Municipal de Corumbá: Relações de poder, laços sociais e atuação política no final do Império. 2017. Tese (Doutorado em História), UFGD, Dourados.

Downloads

Publicado

2021-11-19

Como Citar

Marcos de Sena, D. (2021). Cururueiros no Pantanal sul-mato-grossense. Revista Brasileira De História & Ciências Sociais, 13(26), 334–364. https://doi.org/10.14295/rbhcs.v13i26.12437