Para uma arqueologia da verdade estatística:

reflexões a partir do projeto de reforma educacional de Rui Barbosa (1882)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14295/rbhcs.v13i25.11938

Palavras-chave:

sócio-história da quantificação, estatísticas escolares, , história da educação, pensamento social, Rui Barbosa

Resumo

O presente artigo analisa o estilo de raciocínio estatístico desenvolvido por Rui Barbosa em seu projeto de reforma educacional, publicado em 1882. Inspirado no utilitarismo liberal, o parecer faz uma defesa pioneira da modernização escolar e da centralização dos serviços de estatística, como forma de fortalecer a opinião pública. Entretanto, o argumento de modernização se baseia na tradição de estimativas populacionais, fundadas no prestígio pessoal de seu autor, relegando ao segundo plano as estatísticas oficiais, certificadas pelo Estado. Examina-se as razões dessa aparente contradição, propondo como hipótese a coexistência de dois regimes de verdade – a aproximação por estimativas e o realismo censitário -, o que permite compreender o sentido da associação entre estatística e educação e as formas de raciocinar e intervir com números ao fim do Império.

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Biografia do Autor

Alexandre de Paiva Rio Camargo, Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro da Universidade Cândido Mendes (IUPERJ-UCAM)

Doutor em Sociologia pelo IESP-UERJ; Mestre e Bacharel em História pela UFF; Professor adjunto do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da Universidade Cândido Mendes (PPGSP-UCAM)

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Publicado

2021-04-05

Como Citar

Camargo, A. de P. R. (2021). Para uma arqueologia da verdade estatística:: reflexões a partir do projeto de reforma educacional de Rui Barbosa (1882). Revista Brasileira De História & Ciências Sociais, 13(25), 500–529. https://doi.org/10.14295/rbhcs.v13i25.11938