“O Mundo de 2020”: Relações sociais e meio ambiente na distopia de 1973.
DOI:
https://doi.org/10.14295/rbhcs.v12i23.11176Palavras-chave:
Meio ambiente, distopia, cinema.Resumo
O presente artigo busca analisar o filme “O Mundo de 2020”, (Soylent Green, no título original), de 1973, do diretor Richard Fleischer e estrelado por Charlton Heston. Trata-se de uma narrativa distópica que se passa na Nova Iorque de 2022, com uma superpopulação de 40 milhões, extrema pobreza, fome generalizada, escassez de água e energia elétrica. Os oceanos estão poluídos, o Planeta Terra está superaquecido e a polícia controla com violência os motins de fome. A Soylent Corporation é uma multinacional que controla metade da alimentação do planeta, vendendo comidas sintéticas super proteicas que dizem ser feitas de plâncton. O detetive Thorn é chamado para investigar o assassinato de um rico executivo e começa descobrir segredos obscuros sobre a produção do alimento. O presente artigo busca compreender a produção do filme na emergência das questões geopolíticas da década de 1970, na emergência dos Movimentos Ambientalistas e na constituição da História Ambiental enquanto disciplina e campo de estudos. Além do longa-metragem, o artigo analisa o cartaz do filme, bem como resenhas de críticos de cinema contemporâneos ao seu lançamento.
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Filmografia
NO MUNDO de 2020 (Soylent Green). Dir. Richard Fleischer. Produtores: Walter Seltzer; Russell Thacher. 1h37min. EUA, 1973.
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