Os Movimentos Indígena e Ambientalista sob o viés de análise da História Ambiental: a repercussão no Ensino de História

Autores

  • Poliene Soares dos Santos Bicalho Universidade Estadual de Goiás/Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (TECCER/UEG). https://orcid.org/0000-0002-8324-8743
  • Maria de Fátima Oliveira Universidade Estadual de Goiás/Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (TECCER/UEG). https://orcid.org/0000-0002-9519-8093
  • Fernanda Alves da Silva Oliveira Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (TECCER/UEG)/ Secretaria Munucipal de Educação e Cultura de Nova Mutum-MT. https://orcid.org/0000-0001-9866-2309

DOI:

https://doi.org/10.14295/rbhcs.v12i23.11165

Palavras-chave:

Movimento Indígena, Movimento Ambientalista, Ensino de História.

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar a relação entre o Movimento Indígena no Brasil e o movimento ambientalista, a partir das contribuições teórico-metodológicas da História Ambiental. Em um primeiro momento, a abordagem desta problemática perpassa os discursos e ações que aproximam os movimentos indígena e ambientalista, em torno das diversas e questionáveis formas de apropriações de terras indígenas, e o desequilíbrio ecológico causado ao meio ambiente nos últimos cinquenta anos, mais especificamente após o Golpe Militar de 1964, data simbólica para esta questão. Em um segundo momento, buscou-se compreender como os problemas ambientais que incidem diretamente sobre as populações indígenas são tratados nos livros didáticos e na escola como um todo, além de procurar entender como têm sido construídos os discursos dos livros didáticos sobre a temática da preservação do meio ambiente, ou seja, como a Educação Ambiental tem sido abordada nas escolas, tendo como foco de análise as terras indígenas.

Palavras chave: Movimento Indígena, Movimento Ambientalista, Ensino de História.

 

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Biografia do Autor

Poliene Soares dos Santos Bicalho, Universidade Estadual de Goiás/Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (TECCER/UEG).

Doutora em História Social pela Universidade de Brasília (UnB). Pós-Doutorado em Antropologia (PPGAS/UnB).  Professora do curso de História da Universidade Estadual de Goiás e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (TECCER/UEG).

Maria de Fátima Oliveira, Universidade Estadual de Goiás/Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (TECCER/UEG).

Doutora em História pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Docente do curso de Licenciatura em História e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (TECCER).

Fernanda Alves da Silva Oliveira, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (TECCER/UEG)/ Secretaria Munucipal de Educação e Cultura de Nova Mutum-MT.

Mestre em Ciências Sociais e Humanidades pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Territórios e Expressões Culturais no Cerrado da Universidade Estadual de Goiás (TECCER/UEG). Professora do Ensino Fundamental da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Nova Mutum (MT).

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Publicado

2020-07-10

Como Citar

Bicalho, P. S. dos S., Oliveira, M. de F., & Oliveira, F. A. da S. (2020). Os Movimentos Indígena e Ambientalista sob o viés de análise da História Ambiental: a repercussão no Ensino de História. Revista Brasileira De História & Ciências Sociais, 12(23), 25–46. https://doi.org/10.14295/rbhcs.v12i23.11165