Pensando mulheres escravizadas e libertas: Um olhar interseccional para as cartas de alforria de Cachoeira do Sul/RS

Autores

  • Marina Camilo Haack Mestra em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Palavras-chave:

Interseccionalidade. Mulheres escravizadas. Alforrias.

Resumo

Este estudo tem como objetivo discutir os dados levantados a partir das cartas de alforria de Cachoeira do Sul/RS, entre 1850 e 1888, utilizando como aporte teórico a interseccionalidade. Desta forma, pretendo lançar um olhar ampliado para mulheres escravizadas e libertas, que não eram marcadas unicamente pela sua condição de gênero, mas também, pela condição jurídica, a cor, a idade, a naturalidade, o trabalho, a maternidade, entre outros marcadores, que atravessaram suas vivências na busca pela liberdade. Os estudos de escravidão tem, cada vez mais, lançado novos olhares para as experiências femininas, identificando como um grave problema a homogeneização das experiências de escravidão unicamente a partir da condição jurídica daquelas pessoas. O presente texto dialoga com esta nova perspectiva e a partir dela irá explorar a análise dos dados.

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Biografia do Autor

Marina Camilo Haack, Mestra em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Graduada em História na Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS. Foi bolsista de iniciação científica, vinculada ao projeto de pesquisa "Família e Sociedade no Brasil Meridional entre as décadas de 1772 a 1835" orientado pela professora Dra. Ana Silvia Volpi Scott, entre jan/2013 e jan/2015. Foi bolsista FAPERGS vinculada ao projeto de pesquisa "Sob as Bênçãos do Rosário e São Benedito: Ações políticas, identidades, sociabilidades e as artes da resistência (as irmandades de pretos de São Leopoldo e Cachoeira/RS)", orientado pelo professor Dr. Paulo Roberto Staudt Moreira. Foi bolsista CAPES de mestrado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, onde concluiu o mestrado com a dissertação intitulada "Sobre silhuetas negras: Experiências e agências de mulheres escravizadas (Cachoeira, c. 1850 - 1888)" sobre orientação do professor Dr. Paulo Roberto Staudt Moreira. Tem interesse nas áreas de Brasil Império, escravidão, criminalidade escrava, gênero e experiências femininas em cativeiro.
Também foi aluna prounista de graduação e bolsista PIBID. Em defesa da educação pública e do investimento em ciência de qualidade para todos e todas.

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Publicado

2020-02-01

Como Citar

Haack, M. C. (2020). Pensando mulheres escravizadas e libertas: Um olhar interseccional para as cartas de alforria de Cachoeira do Sul/RS. Revista Brasileira De História & Ciências Sociais, 11(22), 332–362. Recuperado de https://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/10861