Interesses e sentimentos caritativos nas ações de filantropia no Brasil (Caso da seca de 1877)
Resumo
Os problemas provocados pela seca de 1877 nas províncias do Nordeste do Brasil exigiam uma intervenção mais objetiva do governo Imperial. Por intervenção objetiva se entendia não apenas o envio de alguns socorros, principalmente alimentação e remédios, para as áreas atingidas pela escassez de chuva; mas que parte dessa população fosse encaminhada para outras regiões do país, principalmente a Amazônia. A intenção das autoridades brasileiras era, ao menos tempo em que promover o socorro a estas populações, criar condições para que não mais dependesse do auxílio do governo. Diante destas questões, nos propomos analisar as ações do governo brasileiro, batizada por algumas autoridades de “atuação filantrópica”, tentando entendê-las não apenas como sentimento caritativo que se impunha ao governo diante de algumas tragédias, mas que as ações de socorro, no caso da seca de 1877, eram mediadas por interesses econômicos e por uma visão que permeava o século XIX, de que os indivíduos que viviam da caridade pública perdiam o hábito do trabalho, tornando-se indolente e inútil ao progresso da nação.Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Concedo a Revista Brasileira de História & Ciências Sociais o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo ainda que meu artigo não está sendo submetido a outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.
Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Revista Brasileira de História & Ciências Sociais acima explicitadas.