Interesses e sentimentos caritativos nas ações de filantropia no Brasil (Caso da seca de 1877)

Autores

  • Francivaldo Alves Nunes UFPA

Resumo

Os problemas provocados pela seca de 1877 nas províncias do Nordeste do Brasil exigiam uma intervenção mais objetiva do governo Imperial. Por intervenção objetiva se entendia não apenas o envio de alguns socorros, principalmente alimentação e remédios, para as áreas atingidas pela escassez de chuva; mas que parte dessa população fosse encaminhada para outras regiões do país, principalmente a Amazônia. A intenção das autoridades brasileiras era, ao menos tempo em que promover o socorro a estas populações, criar condições para que não mais dependesse do auxílio do governo. Diante destas questões, nos propomos analisar as ações do governo brasileiro, batizada por algumas autoridades de “atuação filantrópica”, tentando entendê-las não apenas como sentimento caritativo que se impunha ao governo diante de algumas tragédias, mas que as ações de socorro, no caso da seca de 1877, eram mediadas por interesses econômicos e por uma visão que permeava o século XIX, de que os indivíduos que viviam da caridade pública perdiam o hábito do trabalho, tornando-se indolente e inútil ao progresso da nação.

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Biografia do Autor

Francivaldo Alves Nunes, UFPA

Mestre em História Social da Amazônia e Professor na Universidade Federal do Pará; doutorando em História Social e pesquisador do Núcleo de Referência Agrária pela Universidade Federal Fluminense.

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Publicado

2009-07-07

Como Citar

Nunes, F. A. (2009). Interesses e sentimentos caritativos nas ações de filantropia no Brasil (Caso da seca de 1877). Revista Brasileira De História & Ciências Sociais, 1(1). Recuperado de https://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/10347