O tema da não-intervenção
entre a Moral e a Prudência
DOI:
https://doi.org/10.63595/rcn.v7i2.20010Palavras-chave:
não-intervenção, direitos humanos, guerra justa, soberania, juízo moralResumo
Este artigo examina o princípio da não-intervenção nas relações internacionais a partir das abordagens filosóficas de Michael Walzer e John Rawls. Embora ambos os pensadores enfatizem a centralidade dos direitos humanos, oferecem perspectivas distintas sobre a justificação da intervenção. Walzer defende uma análise moral baseada em julgamentos comuns e propõe o paradigma legalista da agressão, admitindo exceções ao princípio da não-intervenção em casos como secessão, contra-intervenção e crises humanitárias. Rawls, por sua vez, estabelece um arcabouço político liberal que limita a soberania estatal quando direitos humanos básicos são violados, legitimando a intervenção contra Estados fora da lei. O artigo também discute críticas de David Luban e Charles Beitz, que questionam a adequação moral do respeito rígido à soberania estatal. Por fim, as visões de Jerome Slater e Terry Nardin são apresentadas como uma posição intermediária, que busca equilibrar a justificação moral com a prudência prática. O estudo conclui que uma abordagem nuançada, que incorpore tanto considerações morais quanto pragmáticas, oferece a perspectiva mais coerente sobre a intervenção justificada na esfera internacional.
Downloads
Referências
BEITZ, C. Nonintervention and Communal Integrity. Philosophy and Public Affairs, v. 9, n. 4, p. 385-391, 1980.
LUBAN, D. The Romance of the Nation-State. International Ethics. New Jersey: Princeton University Press, 1985.
RAWLS, J. O Direito dos Povos. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
SLATER, J.; NARDIN, T. Nonintervention and Human Rigths. The Journal of Politics, v. 48, n. 1, p. 86-96, 1986.
WALZER, M. Guerras Justas e Injustas. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).



