Desafios éticos para o uso de inteligência artificial na educação e na pesquisa
DOI:
https://doi.org/10.14295/rcn.v6i3.18391Palavras-chave:
Inteligência Artificial, Educação, Pesquisa, Ética, Desigualdade DigitalResumo
Este artigo discute os desafios éticos e as práticas reflexivas envolvidas na implementação da Inteligência Artificial (IA) na educação brasileira, considerando as implicações socioculturais e as desigualdades regionais. Analisa criticamente a multimodalidade como chave para compreender o impacto das tecnologias digitais, destacando a necessidade de uma integração que vá além do uso técnico, promovendo um ensino reflexivo e culturalmente sensível. Explora preocupações relacionadas à autoria e originalidade de trabalhos acadêmicos gerados com IA enfatizando o papel da integridade acadêmica e a necessidade de diretrizes claras para garantir a autenticidade das produções. O artigo também examina a personalização do ensino proporcionada pela IA alertando para os riscos de padronização que podem reduzir a interação humana e o desenvolvimento crítico dos estudantes. Além disso, discute questões de privacidade e proteção de dados no contexto da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sublinhando a importância de políticas públicas que garantam acesso equitativo às tecnologias de IA, especialmente em regiões com menos recursos. Finalmente, propõe uma reflexão crítica sobre o uso dessas tecnologias, incentivando educadores e estudantes a desenvolverem uma compreensão mais profunda e ética de seu papel na sociedade, com base em autores como Paulo Freire, Émile Durkheim e Pierre Lévy.
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