Justiça socioambiental e crise climática

a quem o convés da justiça foi negado?

Autores

  • Luana Silva da Rosa Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
  • Lorena Cândido Fleury Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.14295/rcn.v6i2.17609

Palavras-chave:

Ciclone, mudanças climáticas, vulnerabilidade.

Resumo

Vivemos na era das catástrofes ambientais e da crise climática. As causas e efeitos da crise impactam diretamente quem menos contribui com ela, sobretudo mulheres e comunidades em situação de vulnerabilidade que vivem em áreas de risco e são vítimas da desigualdade social e da injustiça ambiental. Por esta razão, este artigo se propõe a relatar a situação de moradores da Ocupação Steigleder durante a passagem de um ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul na noite do dia 15 de junho e madrugada do dia 16 de junho de 2023.  Em termos metodológicos, este artigo faz uso da antropologia por demanda e entrevista duas lideranças comunitárias da Ocupação Steigleder. Como categoria analítica se baseia na ecologia decolonial e no conceito de justiça socioambiental. A partir disso, é possível concluir que, com o avanço da crise climática, catástrofes como essa poderão se tornar cada vez mais recorrentes, evidenciando a urgência de políticas de adaptação às mudanças climáticas.

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Biografia do Autor

Lorena Cândido Fleury, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

É professora do Departamento de Sociologia, do Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural (PGDR) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Minas Gerais (2006), mestrado em Desenvolvimento Rural (2008) e Doutorado em Sociologia (2013) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com estágio de Doutorado na Université Paris Ouest Nanterre La Défense. Atualmente, é 2a Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Sociologia (gestão 2023-2025), tendo sido membro da Diretoria nas duas gestões anteriores (2019-2021; 2021-2023). Coordena o Comitê de Pesquisa em Sociologia Ambiental e Ecologia Política da SBS (2018 - atual) e coordenou o Grupo de Trabalho Conflitos e Desastres Ambientais da Anpocs (2019-2021). É membro do Grupo de Trabalho sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (GT-MA) da SBPC. Foi membro do Conselho Diretor da Associação Brasileira de Estudos Sociais das Ciências e das Tecnologias - Esocite.br (2017-2019 e 2019-2021). É líder do grupo de pesquisa Tecnologia, Meio Ambiente e Sociedade - TEMAS (http://www.ufrgs.br/temas/) e integrante do Grupo de Pesquisa Associativismo, Contestação e Engajamento - GPACE (http://www.ufrgs.br/gpace/pt/). Atua na área da Sociologia da questão ambiental, com ênfase no estudo de Conflitos Ambientais, Projetos de Desenvolvimento, Estudos Sociais de Ciência e Tecnologia (ESCT), e Sociologia das Mudanças Climáticas. Tem um filho, tendo estado em licença maternidade no período de novembro de 2019 a maio de 2020.

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Publicado

2024-08-29

Como Citar

SILVA DA ROSA, Luana; CÂNDIDO FLEURY, Lorena. Justiça socioambiental e crise climática: a quem o convés da justiça foi negado?. Campos Neutrais - Revista Latino-Americana de Relações Internacionais, Rio Grande, RS, v. 6, n. 2, p. 57–75, 2024. DOI: 10.14295/rcn.v6i2.17609. Disponível em: https://periodicos.furg.br/cn/article/view/17609. Acesso em: 4 nov. 2024.

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