Justiça socioambiental e crise climática
a quem o convés da justiça foi negado?
DOI:
https://doi.org/10.14295/rcn.v6i2.17609Palavras-chave:
Ciclone, mudanças climáticas, vulnerabilidade.Resumo
Vivemos na era das catástrofes ambientais e da crise climática. As causas e efeitos da crise impactam diretamente quem menos contribui com ela, sobretudo mulheres e comunidades em situação de vulnerabilidade que vivem em áreas de risco e são vítimas da desigualdade social e da injustiça ambiental. Por esta razão, este artigo se propõe a relatar a situação de moradores da Ocupação Steigleder durante a passagem de um ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul na noite do dia 15 de junho e madrugada do dia 16 de junho de 2023. Em termos metodológicos, este artigo faz uso da antropologia por demanda e entrevista duas lideranças comunitárias da Ocupação Steigleder. Como categoria analítica se baseia na ecologia decolonial e no conceito de justiça socioambiental. A partir disso, é possível concluir que, com o avanço da crise climática, catástrofes como essa poderão se tornar cada vez mais recorrentes, evidenciando a urgência de políticas de adaptação às mudanças climáticas.
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