Os desafios socioambientais da construção de hidrelétricas na Amazônia: os casos dos municípios de Tucuruí e Altamira no estado do Pará

os casos dos municípios de Tucuruí e Altamira no estado do Pará

Autores

  • Dolores Silva Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Diego Brilhante Athayde Universidade Federal do Pará
  • Jonas Guilherme Figueiredo da Trindade Mestrando em Ciência Política pela Universidade Federal do Pará.
  • João Elbio de Oliveira Aquino Sequeira

DOI:

https://doi.org/10.14295/rcn.v3i2.13509

Palavras-chave:

hidrelétricas; desenvolvimento, qualidade de vida; Amazônia

Resumo

O objetivo desse artigo é verificar as características socioambientais que os municípios de Tucuruí e Altamira apresentam ao longo de três décadas, relacionando-as com a construção das hidrelétricas em seus territórios. A escolha desses dois munícipios se deu pelo fato de que a hidrelétrica de Tucuruí (UHT) e de Belo Monte (UHBM), em Altamira, foram construídas em contextos histórico-políticos diferentes, a UHT durante o regime militar e a UHBM em um contexto democrático. Usamos indicadores oficiais, do IBGE, IPEA, entre outros, para conduzir uma reflexão que questiona se o fato dessas duas hidrelétricas terem sido construídas em contextos diferentes faz diferença para a qualidade de vida da população desses municípios. Essa avaliação é guiada pela reflexão a respeito da concepção de desenvolvimento e do papel das políticas públicas na mitigação dos impactos da construção de hidrelétricas na Amazônia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Dolores Silva, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal do Pará

Diego Brilhante Athayde, Universidade Federal do Pará

Mestrando em Ciência Política pela Universidade Federal do Pará.

Referências

ALONSO, A. et al . Identidade e Estratégia na Formação do Movimento Ambien¬talista Brasileiro. Novos Estudos CEBRAP, vol. 79, p. 151-167, 2018.

CARDOSO, F.H.; MÜLLER, G. Amazônia: expansão do capitalismo [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2008. http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/arquivos/DHBBBiblioGeral.pdf

CASTRO, Edna. Produção de conhecimento sobre hidroelétricas na área de Ciências Humanas no Brasil. Revista Novos Cadernos NAEA, vol.21, n3, p. 31-59, 2018.

DRAIBE, Sonia; RIESCO, Manuel. Estados de Bem-Estar Social e estratégias de desenvolvimento na América Latina. Um novo desenvolvimentismo em gestação?. Sociologias, Porto Alegre, ano 13, nº 27, 2011. p. 220-254.

EVANS, Peter. "The state as problem and solution: predation, embedded autonomy and structural change". In HAGGART, Stephan; KAUFRNAN, Robert (cds.). Politics of Economic Adjustment Princeton University Press, 1992. Tradução de Cid Knipel Moreira.

FERREIRA, Sylvio M. P.; BASTOS, Pedro P. Z. As origens da Política Brasileira de Desenvolvimento Regional: O caso da Superintendência da Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA). Texto para discussão (266). Instituto de Economia da UNICAMP, 2016. Recuperado de [ https://www.eco.unicamp.br/images/arquivos/artigos/3461/TD266.pdf]

LIRA, S. B. Morte e ressureição da SUDAM. Uma análise da decadência e extinção do padrão de planejamento regional na Amazônia. Belém: NAEA-UFPA, 2005.

PEREIRA, Ana Karine. Desenvolvimentismo, conflito e conciliação de interesses na política de construção de hidrelétricas na Amazônia brasileira. In: GOMIDE A. A.; PIRES, R. R. C. (Org.). Capacidades estatais e democracia: arranjos institucionais de políticas públicas. Brasília: Ipea, 2014. pp. 161-185.

PINTO, Lúcio Flávio. Hidrelétrica: A última inauguração. Revista Jornal Pessoal: A agenda Amazônica. Ano. XXXIII, nº63, 2019.

PRATES, Daniela M.; FRITZ, B.; PAULA, L. F. Uma avaliação das políticas desenvolvimentistas nos governos do PT. Cadernos do Desenvolvimento, Rio de Janeiro, vol. 12, n. 21, 2017. p. 187-215.

SEQUEIRA, João Élbio O. A. A rede de ativismo transnacional contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Dissertação (Mestrado em Ciência Política). Universidade Federal do Pará, Belém, 2014. Recuperado de http://ppgcp.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/dissertacoes/

SEQUEIRA, João Élbio; SILVA, Maria Dolores. O ativismo judicial transnacional e a “Transnational Advocacy Network” na construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Revista Política Hoje, vol. 23, nº1, pp. 177-201, 2015. Recuperado de [https://periodicos.ufpe.br/revistas/politicahoje/article/view/3747 ]

SERRA, Maurício Aguiar; FERNÁNDEZ, Ramón G. Perspectivas de desenvolvimento da Amazônia: motivos para o otimismo e para o pessimismo. Economia e Sociedade, Campinas, v. 13, n. 2 (23), p. 107-131, 2004.

SILVA, Maria Dolores L. A Amazônia e o desenvolvimento: aspectos da trajetória das políticas públicas na região. REB-Revista de Estudios Brasileños, vol. 7, nº 15, pp. 219-232, 2020. Recuperado de [ https://gredos.usal.es/bitstream/handle/10366/145697 ]

SILVA, Maria Dolores; CABRAL, Eugênia R. Produção de legislação ambiental em dois contextos institucionais. O Social em Questão, ano XXI, nº 4, 2018. Recuperado de [http://osocialemquestao.ser.puc-rio.br/media/osq_40_art_3 ]

SILVA, Maria Dolores L.; ROSA, Benilde N. L. Socioambientalismo e políticas públicas - em perspectiva as RESEXs na Amazônia paraense. Conexões, vol. 6, nº 1, pp. 171-197, 2013.

TRINDADE, José R. B. Seis décadas de intervenção estatal na Amazônia: a SPVEA, auge e crise do ciclo ideológico do desenvolvimentismo brasileiro. Belém: Paca-Tatu, 2014.

VASCONCELOS, Patrícia M. C. Hidrelétricas do Madeira e o acesso à justiça. Quaestio Iuris, vol. 11, nº 4, pp. 3049-3068, 2018. Recuperado de [https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/quaestioiuris/article/view/38053/27080]

Downloads

Publicado

2022-01-20

Como Citar

SILVA, Dolores; BRILHANTE ATHAYDE, Diego; FIGUEIREDO DA TRINDADE, Jonas Guilherme; DE OLIVEIRA AQUINO SEQUEIRA, João Elbio. Os desafios socioambientais da construção de hidrelétricas na Amazônia: os casos dos municípios de Tucuruí e Altamira no estado do Pará: os casos dos municípios de Tucuruí e Altamira no estado do Pará. Campos Neutrais - Revista Latino-Americana de Relações Internacionais, Rio Grande, RS, v. 3, n. 2, p. 31–51, 2022. DOI: 10.14295/rcn.v3i2.13509. Disponível em: https://periodicos.furg.br/cn/article/view/13509. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos Livres

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.