Entre a lei da pólis e a lei da consciência

uma análise da peça Antígona

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14295/rcn.v3i2.12629

Palavras-chave:

Sófocles; Antígona; Creonte; Polinice; Hermenêutico

Resumo

Nas tragédias de Sófocles, os personagens são responsáveis por seu destino: a Fortuna atua, mas os heróis concorrem para que o mesmo se cumpra e se realize. A tragédia de Antígona, encenada em 441 a.C, revela a escolha livre que a protagonista tomou como resolução: apesar do édito proibitório de Creonte, resolve, embora sabendo que vai morrer por dar sepultura a seu irmão Polinice. Percebemos, portanto, a oposição de duas normas jurídicas: athemistía, a ilegalidade de uma decisão representada em Creonte, que representa uma pólis especial, a pólis sofística, em contraposição a thémis ou nómos, inserida na decisão de Antígona. Sob tal embate, o presente artigo procura analisar juridicamente a obra Antígona. Buscamos compreender a luta entre o direito natural e positivo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Renato Ferraz da Silveira, Universidade Federal de Santa Maria

Ademar Pozzatti Jr. , Universidade Federal de Santa Maria

Ademar Pozzatti é Professor do Programa de Pós-Graduação em Direito (PPGD), do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais (PPGRI) e do Departamento de Economia e Relações Internacionais (DERI) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/Brasil), onde coordena o NPPDI - Núcleo de Pesquisa e Práticas em Direito Internacional (UFSM/CNPq). É Mestre e Doutor em Direito das Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGD/UFSC/Brasil) e Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/Brasil).

Referências

ARISTÓTELES. Arte retórica e arte poética. 16. Ed, São Paulo: Ediouro, 1996.

BOBBIO, Norberto. O positivismo jurídico: Lições de filosofia do direito. Trad. Márcio Pugliesi, Edson Bini, Carlos E. Rodrigues. São Paulo: Ícone, 1995.

BRANDÃO, Junito de Souza. Teatro grego: tragédia e comédia. Petrópolis: Vozes, 1985.

MAXIMILIANO, C. Hermenêutica e aplicação do direito. 19 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005.

RINESI, Eduardo. Política e tragédia: Hamlet, entre Hobbes e Maquiavel. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2009.

SILVEIRA, José Renato Ferraz da. A tragédia da política em Ricardo III. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2012.

SÓFOCLES. Antígona. Tradução de Millôr Fernandes. 5. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

SÓFOCLES. Antígona. Trad. Mário da Gama Kury. 10 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.

SÓFOCLES. Antígona. Trad. Jean Melville. São Paulo: Martin Claret, 2003.

Downloads

Publicado

2022-01-20

Como Citar

DA SILVEIRA, José Renato Ferraz; POZZATTI JR. , Ademar. Entre a lei da pólis e a lei da consciência : uma análise da peça Antígona. Campos Neutrais - Revista Latino-Americana de Relações Internacionais, Rio Grande, RS, v. 3, n. 2, p. 109–126, 2022. DOI: 10.14295/rcn.v3i2.12629. Disponível em: https://periodicos.furg.br/cn/article/view/12629. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos Livres