A literatura pós-colonial moçambicana: "Ninguém matou Suhura", de Lília Momplé
Resumo
O conto “Ninguém matou Suhura” é ambientado na Ilha de Moçambique e se passa em novembro de 1970. Esse conto trata do estupro e assassinato de Suhura pelo Senhor Administrador, um português que acumulava as funções de Administrador de Distrito e Presidente da Câmara. O conto denuncia a violência praticada pelos portugueses em suas colônias africanas e a relação que estabeleciam com os negros africanos. Simone Weil (2001) olha de frente para o imenso problema do colonialismo e não poupa palavras certeiras e duras para denunciar a cruel violência que por trás dele se esconde, atribuindo, como consequências desse, o despovoamento dos campos, que redunda na morte social, assim como o massacre de povos e a diminuição dos mesmos em continentes como a África e a submissão desses povos à escravidão.
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Referências
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