Por uma poética da queda: "Avalovara" em diálogo com "A divina comédia"

Autores

  • Luciana Barreto Machado Rezende Furg

Resumo

Em Avalovara (1973), Osman Lins se apropria de símbolos do imaginário bíblico e mítico em diálogo com A divina comédia (1304-1321), de Dante Alighieri. Anotamos as interseções das tramas e dos temas, as concepções do mundo antigo e as ressonâncias de ordem existencial. São três os amores do protagonista Abel e três as partes em que se divide a Commedia: ao “Inferno”, “Purgatório” e “Paraíso” correspondem as alegóricas Cecília, Roos e . , a partir do que propomos como a poética da Queda à luz da doutrina de Jean-Paul Sartre: a falta que mobiliza o “ato de buscar”, ou seja, o apelo capital do homem moderno. Ao aderir ao horizonte de banimento, ruptura e exílio, Avalovara parte do “Gênesis” bíblico como núcleo irradiador de símbolos e da investigação do nascimento da linguagem, para delinear um tempo atravessado por instabilidades e incertezas, segundo a radicalidade sartriana da liberdade e da angústia como condição da existência.

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Publicado

20-12-2021

Como Citar

Barreto Machado Rezende, L. . (2021). Por uma poética da queda: "Avalovara" em diálogo com "A divina comédia". Cadernos Literários, 28(1), 81–94. Recuperado de https://periodicos.furg.br/cadliter/article/view/13853