Governança suportada por constructos da ciência da informação

Autores

  • Geraldino Gonçalves Bastos Universidade de Brasília (UnB)
  • Cláudio Gottschalg Duque Universidade de Brasília (UnB)

DOI:

https://doi.org/10.14295/biblos.v36i2.14491

Palavras-chave:

Governança corporativa, Ciência da Informação, Arquitetura da Informação, Interdisciplinaridade, Propriedade da Informação

Resumo

A ciência da informação com seu paradigma da interdisciplinar permite consubstanciar disciplinas de outras ciências a partir da análise das características e propriedades da informação, do fluxo informacional e das relações entre as entidades informacionais de um contexto, para que o usuário possa identificar, manifestar, interagir, armazenar, recuperar e integrar novos conceitos. Esta pesquisa objetiva analisar o uso da palavra Governança, a partir de circunstâncias históricas e acadêmicas que motivaram a utilização do termo nos diversos espaços informacionais abordados na revisão bibliográfica, considerando as circunstâncias coetâneas, tendências, aspectos cronológicos que modularam o termo para construir um modelo informacional que permita estabelecer espaços conversacionais entre ciência da informação e governança corporativa. A partir da revisão bibliográfica e da identificação e classificação dos termos, estruturou-se a relação interdisciplinar entre os conceitos, relações e propriedades identificados, para se caracterizar o potencial do uso do paradigma interdisciplinar da ciência da informação, com o qual se modelou ferramentas da arquitetura da informação dentro do espaço informacional pretendido. O estabelecimento de argumentos, aqui definidos como constructos, para estruturar formas de abordagem e arranjos de disciplinas de gestão através da ciência da informação, deve ser considerado como um ganho arquitetural para recuperação da informação sobre governança. Ganho que permite orientar os gestores sobre as formas de aplicar disciplinas diversas que conduzam ao estágio da governança. Benefício direto do uso da ciência da informação, que a partir da modelagem arquitetural potencializa a recuperação de informações para implantação de modelos de gestão, como é o caso da governança corporativa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cláudio Gottschalg Duque, Universidade de Brasília (UnB)

Possui graduação em Licenciamento em Letras habilitação em Alemão pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (1994), mestrado em Programa de Pós-Graduação em Estudos Lingüísticos pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (1998), doutorado-sanduíche em Angewandte Sprachwissenschaft und Computerlinguist - Justus-Liebig-Universität Giessen (2004) e doutorado em Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação pela Escola de Ciência da Informação (2005). Atualmente é Professor Adjunto do Depto de Ciência da Informação e Documentação da Universidade de Brasília (CID-UnB). Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Leitura e Escrita, atuando principalmente nos seguintes temas: sistemas de recuperação de informação, ontologia, lingüística computacional, sistemas inteligentes e web semântica.

Referências

ANDRADA. A.; ROSSETTI, J. P. Governança: o caminho da reconstrução institucional do Estado. São Paulo: Associação Viva o Centro, 2006.

ANDRADA. A.; ROSSETTI, J. P. Governança Corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendências. 3. Ed. São Paulo, Atlas, 2007.

ARAUJO, C. A. A. O que é ciência da informação. Belo Horizonte: KMA, 2018.

BABIC, V. Corporate Governance problems in transition economies. Winston-Salem: Wake Forest University, Social Science Research Seminar, 2003.

BANERJEE, A. et al. E-governance, accountability, and leakage in public programs: experimental evidence from a financial management reform in India. Consultado em 08/11/2019, Disponível em: https://www.nber.org/papers/w22803.pdf. Acesso em: 15 abr. 2022.

BATEMAN, J; WILDFEUER, J.; HIIPPALA, T. Multimodality: foundations, research and Analysis a problem-oriented introduction. Berlin: Gruyter Mounton, 2017.

BERLE, A.J; MEANS, G. The modern corporation and private property. New York, Macmilian Publishing Company, 1932.

BURKE, P. Uma história social do conhecimento II: da enciclopédia à Wikipédia. Rio de Janeiro, Zarah, 2012.

BLAIR, M. M. For whom shoud corporations be run? an economic rationale for stakeholder management. Long Range Planning, London, v. 31, n. 2, p. 195-200, 1999.

BORKO, H. Information science: what is? American Documentation, Washington, v.1, n. 19, p. 3-5, 1968.

CAMPOS, J.; RAUEN, F. J. Tópicos em Teoria da Relevância. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008.

CAPURRO, R. What is Information Science for? a philosophical reflection. In: VAKKARI, P.; CRONIN, B. (Ed.). Conceptions of Library and Information Science: historical, empirical and theoretical perspectives. p. 82-96. Londres. 1992.

CHOO, Chun Wei. Web work: information seeking and knowledge work on the world wide web. Dordrecht. Kluwer Academic Publishers, 2000.

COSTA, F.N. Governança financeira, sistema bancário e instabilidade financeira no Brasil: Pesquisa de Felipe Rezende. Blog do Fernando Nogueira da Costa. 2016. Disponível em: https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2016/10/07/governanca-financeira-sistema-bancario-e-instabilidade-financeira-no-brasil-pesquisa-de-felipe-rezende/. Acesso em: 17 mar. 2022.

DAHLBERG, I. Teoria do conceito. Ciência da Informação, Brasília, v. 7, n. 2, p. 101- 107, 1978.

DAVENPORT, T. H. Reengenharia de processos: como inovar na empresa através da tecnologia da informação. Rio de Janeiro, Campus, 1994.

DENIS, D. K., McCONNELL, J.J. International corporate governance. Journal of financial and Quantitative Analysis, Seattle, v. 38, n. 1, 2003. Disponível em: https://doi.org/10.2307/4126762. Acesso em: 17 mar. 2022.

DUQUE, C. G. Relevância da geoinformação no processo multimodal de comunicação cartográfica. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 16., 2015, João Pessoa. Pôster... João Pessoa: Ancib, 2015.

DUQUE, C.G; LYRA, M. R. O posicionamento da arquitetura da informação na governança de TI. Brazilian Journal of Information Science, Marília, v. 4, n. 2, 2010. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/4370784/1.pdf. Acesso em: 16 jul. 2022.

FROTA, M; FROTA, M.H. Acesso à informação: estratégia para competitividade. Brasília, CNPq/IBICT, FBB, 1994.

GRUSS, R. et al. Teaching Big Data through project-based learning in computational linguistics and information retrieval. Journal of Computing Sciences in Colleges, Belmont, v. 31, n. 2, dec. 2015. Disponível em: https://dl.acm.org/doi/10.5555/2831432.2831475. Acesso em: 16 jul. 2022.

HARDIM, R. Collective action. The Johns Hopkins University Press, 1993.

JENSEN, M. Maximization, stakeholder theory and the corporate objective function. Boston: Havard Business School, 2000. (Working Paper 00-058).

JENSEN, M. C.; MECKLING, W. H. Teoria da firma: comportamento dos administradores, custos de agência e estrutura de propriedade. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 48, n. 2, p. 87-125, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rae/a/vr3bbm6tBJStSmQZk4Y8y4m/?format=pdf&lang=pt. Acessado em: 7 set. 2022.

LE COADIC, Yves François. A ciência da informação. Briquet de Lemos/Livros. 2. ed. Brasília, 2004.

LOUETTE, Anne. Compêndio para a Sustentabilidade: ferramentas de gestão de responsabilidade socioambiental. Antakarana: WHH, 2008.

McGEE, J.; PRUSAK, L. Gerenciamento estratégico da informação. Rio de Janeiro, Campus, p. 272. 1994.

NONAKA, I; TAKEUCHI, H., Criação do Conhecimento na Empresa. Tradução: Ana Beatriz Rodrigues. Rio de Janeiro, Elsevier, 1997.

KUROKI JÚNIOR, G. H. Sobre uma arquitetura da informação multimodal: reflexões sobre uma proposta epistemológica. 2018. 236 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) - Universidade de Brasília, Brasília, 2018.

KRESS, G. What is mode?. In: JEWITT, C. (Org). The routledge handbook of multimodal analysis. 2. ed. Londres: Routledge, 2014.

MARKS, Karl. O Capital: crítica da economia política. São Paulo: Boitempo, 2015. v. 1 (O processo de produção do capital).

MICHAELIS: dicionário brasileiro de língua portuguesa. Constructo. São Paulo: Melhoramentos, 2022. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/constructo/. Acesso em: 24 maio 2022.

MIRANDA, R. C. da R. Gestão do conhecimento estratégico: proposta de modelo. In: TARAPANOFF, K (Org.). Inteligência, Informação e Conhecimento. Brasília: IBICT/UNESCO, p. 157-170, 2006.

MONKS, R. A. G. The new global investors: how shareowners can unlock sustainable worldwide. Oxford: Capstone Publishing, 2001a.

MONKS, R. A. G. Review the new global investors & working capital contrasted. Corporate Governance, California, 27 set. 2001b. Disponível em: https://www.corpgov.net/2001/09/review-the-new-global-investors/. Acesso em: 16 jul. 2022.

MOURA, T. W. Política pública de prevenção de homicídios e alternativas de ação coletiva. Brasília: IPEA, 2010. (Texto de Discussão, 1513).

OSLON, M. A lógica da ação coletiva: os benefícios públicos e uma teoria dos grupos sociais. São Paulo: EDUSP, 1999.

OSTROM, E. El gobierno de los Bienes Comuns. México: Fondo de cultura económica, 2000.

SARACEVIC, T. Information Science. Journal of the American Society for Information Science, New York, v. 50, n. 12, p. 1051-1063, Out 1999. Disponível em: https://doi.org/10.1002/(SICI)1097-4571(1999)50:12%3C1051::AID-ASI2%3E3.0.CO;2-Z. Acesso em: 16 juj. 2022.

SHLEIFER, A.; VISHNY, R. W. A corporate governance survey. The Journal of Finance, New York, v. 52, n. 2, p. 447-922. 1997. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1540-6261.1997.tb04820.x. Acesso em: 16 jul. 2022.

SIMON, H. Um modelo comportamental de escolha racional. In: SIMON, H. (Ed.). models of man: social and rational. New York: John Wiley & Sons, 1957. p. 24-60.

SOUZA, A. N. Evolução da governança corporativa e efeitos dos níveis de governança no Bovespa. São Paulo, 2005.

SPERBER, D.; WILSON, D. Relevance: communication and cognition. 2. ed. Oxford, Blackwell, 1995.

STAREC, C. As novas fronteiras do conhecimento no mundo do trabalho. In: TARAPANOFF, KIRA (Org). Aprendizado Organizacional. Curitiba: Ibpex, 2011. v. 2.

ZINS, C. Conceptions of Information Science. Journal of the American Society for Information Science and Technology, Hoboken, v.58, n. 3. p. 335-350, 2007. Disponível em: 16 jul. 2022.

Downloads

Publicado

2022-12-22

Como Citar

Bastos, G. G., & Duque, C. G. . (2022). Governança suportada por constructos da ciência da informação. BIBLOS, 36(2). https://doi.org/10.14295/biblos.v36i2.14491

Edição

Seção

Artigos