Prevalência do uso de psicofármacos entre os profissionais da saúde de uma Unidade de Pronto Atendimento de Santa Catarina
DOI:
https://doi.org/10.14295/vittalle.v35i1.15208Palavras-chave:
pessoal de saúde, estresse ocupacional, transtornos mentais, psicofármacosResumo
O objetivo foi verificar a prevalência do uso de psicofármacos por profissionais que atuam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Canoinhas-SC e analisar os casos em que há relação com seu ambiente de trabalho. Os profissionais voluntários responderam ao questionário da pesquisa com questões sociodemográficas, prática de esportes bem como características emocionais e do ambiente de trabalho. Foi perguntado sobre o uso de psicofármacos, os motivos e a relação com o trabalho. A maior parte dos trabalhadores foram mulheres (87,9%) com idade entre 30-59 anos (81,8%). A maioria são técnicos de enfermagem (51,5%) e enfermeiros (24,2%). Trabalham na área há mais de 10 anos (36,4%) e 60,6% relataram não trabalhar em outro lugar. Entre os participantes 10 funcionários (30,3%) referiram fazer uso de psicofármaco, sendo todas mulheres e com prevalência de 34,5% do sexo feminino. O antidepressivo fluoxetina (25%) e o hipnótico zolpidem (25%) foram os medicamentos mais relatados, devido as causas de ansiedade (33,3%), insônia (38,9%), depressão (16,7%) e dor (11,1%). A área de atuação profissional não apresentou correlação com o consumo de psicoativos, no entanto foi identificado correlação significativa (p<0,05) entre o uso desses medicamentos com o estresse no trabalho e considerar-se uma pessoa estressada. Ainda, 90% que utilizam medicamentos psicoativos declararam que o uso possui relação com o estresse profissional. A grande maioria dos profissionais que atuam na UPA consideram o ambiente de trabalho estressante e exaustivo, e considerar-se uma pessoa estressada ou o ambiente estressante são condições associadas ao consumo de psicoativos.