De Weimar ao nazi-fascismo: (des)ordem e violência sob o caos
DOI:
https://doi.org/10.14295/juris.v29i1.9136Palavras-chave:
República de Weimar, Nazi-fascismo, Autoritarismo, Totalitarismo, Nacional-socialismoResumo
O primeiro passo proposto por este texto é circunscrever e analisar alguns dos elementos que corroboraram a ruína da República de Weimar e a ascensão do nacional-socialismo. Este artigo tem como objeto a análise das estratégias do nazi-fascismo para alcançar o poder conectado ao poder do capital e as grandes corporações, a direita autoritária conservadora e, paralelamente, como estas forças solaparam a República de Weimar para, logo, pavimentar o enraizamento cultural dos valores modelares do nazi-fascismo inspiradores do novo modelo de Estado com poderes extremamente concentrados tal como ocorreu imediatamente após o falecimento de von Hindenburg. Este artigo propõe a análise das forças culturais e instrumentos políticos e oferecer uma prévia interpretação sobre as inauditas e sofisticadas formas de influência social das mensagens ideológicas e culturais do regime nazi-fascista e que dinamizou o desapreço popular pela República de Weimar e a antecipação da ultimação de seu processo corrosivo, permitindo o questionamento sobre as omissões históricas de massa considerável com as conhecidas trágicas consequências. A justificativa deste artigo pode ser observada na notável importância das vibrações dos fundamentos do nazi-fascismo clássico quando contraposto ao sucesso eleitoral de determinadas opções políticas afinadas com tal tipo de precedentes ideológicos que impõe o questionamento dos tempos de recrudescimento das estratégias globais de poder em que forças neofascistas ameaçam a democracia em sua formatação clássica liberal e suas expectativas de avanços qualitativos a partir dos pressupostos estabelecidos no pós-Segunda Grande Guerra. O objetivo superior deste artigo é chamar a atenção para o modelo nazi-fascista e suas estratégias de poder e permitir ao leitor percorrer os caminhos analíticos que obstaculizem a pavimentação de novas vias para o sucesso do velho mal quando facilita o reconhecimento das novas faces de velhas e nefastas ameaças às democracias. Ao longo do artigo apresentei algumas das várias estratégias de mobilização cultural, política e ideológica nazi-fascista no sentido de colonizar mentes e corações para controlá-los da forma mais eficaz possível, a saber, através das motivações do próprio indivíduo.