Processos de participação e representação no movimento estudantil brasileiro (2002-2012)
DOI:
https://doi.org/10.14295/juris.v27i2.7084Palavras-chave:
Movimento estudantil brasileiro, Representação, Participação, PolíticaResumo
Nesse trabalho, apresenta-se uma reflexão teórica sobre o movimento estudantil brasileiro com base nos trabalhos acadêmicos produzidos sobre o tema na última década (2002 a 2012) e, na análise de 14 estatutos de Diretórios Centrais de Estudantes (DCE's), contemplando as cinco regiões geográficas do país. Considerando as evidências empíricas do distanciamento observado entre o movimento estudantil e os estudantes nos dias de hoje, o presente trabalho tem seu foco na ampliação do conhecimento sobre a realidade política específica do movimento estudantil, tendo como pano de fundo o campo da Ciência Política Contemporânea. O objetivo deste estudo é analisar os processos de participação e representação presentes no movimento estudantil brasileiro. Para isso, foi realizado um estudo prioritariamente qualitativo, onde os dados foram coletados a partir da revisão da literatura e pesquisa documental. Como resultado da análise dos dados, pode-se verificar que diferentes perspectivas sobre movimento estudantil são abordadas, porém um número reduzido de artigos trabalham com o tema da participação política. Além disso, a análise dos estatutos das entidades selecionadas, permitiu uma avaliação sobre os espaços de representação presentes nos DCE's, além de apontar dificuldade de inserção de uma participação estudantil de fato no sistema de organização do movimento estudantil.