Taxonomia para pagamentos por serviços ambientais:

custo de oportunidade do trabalho como alternativa ao custo de oportunidade da terra

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14295/juris.v34i2.17659

Palavras-chave:

Pagamento por Serviços Ambientais, custo de oportunidade da terra, custo de oportunidade do trabalho, política ambiental

Resumo

O presente artigo tem como objetivo considerar a diversidade de situações na discussão sobre o desenho das iniciativas de pagamentos por serviços ambientais (PSA), com foco no estabelecimento do pagamento a ser realizado para os provedores desses serviços. A hipótese central é que a base de cálculo do pagamento dos serviços ambientais deve ser diferenciada de acordo com o local e o grupo social beneficiário. Em particular, argumenta-se que metodologias baseadas no custo de oportunidade do trabalho devem ser pensadas para beneficiar agentes que não sejam proprietários da terra ou têm ações não relacionadas ao seu uso, como forma de compensar o tempo e esforço demandado pelas práticas sustentáveis que se deseja estimular. O artigo é exploratório e pautado por revisão bibliográfica da literatura nacional e internacional sobre PSA e sua relação com a política ambiental. O principal resultado é a elaboração de uma taxonomia simplificada que diferencia os modelos de pagamento em sistemas voltados para propriedades rurais privadas com objetivo de produção comercial e as demais situações onde a terra não é privada ou o objetivo do PSA não está relacionado ao uso da terra. Também se argumenta que sistemas de PSA financiados por recursos privados tendem a se concentrar no primeiro caso, enquanto o uso de recursos públicos deve ser primordialmente direcionado para o segundo caso. Essa diferenciação pode ser importante para a implementação da Lei nº 14.119, que institui a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais no Brasil.

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Biografia do Autor

Biancca Scarpeline de Castro, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, UFRRJ, Brasil

Professora do curso de graduação em Administração Pública e do Programa de Mestrado Profissional em Gestão e Estratégia (PPGE) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Biancca S. de Castro, concluiu o doutorado em ciências sociais na Universidade Estadual de Campinas, é formada em ciências econômicas pela Universidade Estadual Paulista e possui mestrado em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Tem experiência nas áreas de economia, sociologia e administração pública, atuando principalmente com as seguintes temáticas: Avaliação e Coordenação de políticas públicas; políticas públicas para ciência e tecnologia, inovação e meio ambiente. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6803897679311046

Carlos Eduardo Frickmann Young, Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Brasil

Carlos Eduardo Frickmann Young é Professor Titular do Instituto de Economia a Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ), onde coordena o Grupo de Economia do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (GEMA/IE/UFRJ: https://www.ie.ufrj.br/gema). Também é Professor Colaborador dos Programas de Pós Graduação em Ciências Ambientais da Universidade Estadual do Mato Grosso (PPGCA/Unemat) e Ciências Ambientais e Sustentabilidade na Amazônia da Universidade Federal do Amazonas (PPGCASA/Ufam), pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (INCT/PPED), e membro do Painel Científico para a Amazônia (https://www.aamazoniaquequeremos.org/).

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Publicado

06-11-2024

Como Citar

Scarpeline de Castro, B., & Frickmann Young, C. E. (2024). Taxonomia para pagamentos por serviços ambientais:: custo de oportunidade do trabalho como alternativa ao custo de oportunidade da terra . JURIS - Revista Da Faculdade De Direito, 34(2), 209–228. https://doi.org/10.14295/juris.v34i2.17659

Edição

Seção

Dossiê Temático - Serviços Ecossistêmicos e Ambientais