Dissonância afetiva como ferramenta metodológica
transformando direitos reprodutivos em justiça reprodutiva
DOI:
https://doi.org/10.63595/juris.v35i1.16216Palavras-chave:
Justiça reprodutiva, Dissonância afetiva, Interseccionalidade, MaternidadesResumo
A justiça reprodutiva amplia a compreensão dos direitos sexuais e direitos reprodutivos e reconhece que condições econômicas, sociais e estruturais operam um papel importante na forma como as mulheres passam pela experiência da gestação, parto e pós-parto, muitas vezes constituindo barreiras ao acesso à saúde e à informação adequada. Diante disso, o objetivo do presente estudo é compreender como a dissonância afetiva, conceito teorizado por Clare Hemmings a partir da teoria do afeto, pode servir como ferramenta metodológica para a pesquisa acadêmica ampliando a compreensão dos direitos reprodutivos para além da sua dimensão individual, considerando aspectos estruturais e os marcadores sociais operantes. Essa dissonância poderia ser o catalisador da mudança de paradigma da compreensão dos direitos reprodutivos para a noção de justiça reprodutiva. Para isso, conduzimos pesquisa bibliográfica e utilizamos o método qualitativo das informações levantadas, utilizando a teoria do afeto como base epistêmica, aliada ao conceito de justiça reprodutiva e interseccionalidade. Nesse sentido, compreendemos que a dissonância afetiva pode ser um instrumento útil ao ampliar a concepção dos direitos reprodutivos, abraçando o desconforto que o pesquisador pode experienciar ao deparar-se com uma realidade diferente daquela esperada e, através da pesquisa, procurar compreender o aspecto social e relacional desses direitos.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Esta obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Attribution 3.0 Unported License.
Ao encaminhar os originais, o(s) autor(es) cede(m) os direitos de publicação para a JURIS.





