Dignidade da pessoa humana e criminalização:

a castração química com pena inconstitucional para os crimes sexuais

Autores/as

  • Lenice Kelner FURB - Universidade Regional de Blumenau https://orcid.org/0000-0002-7553-1514
  • Alejandro Knaesel Arrabal FURB - Universidade Regional de Blumenau
  • Fernanda Analú Marcolla FURB - Universidade Regional de Blumenau

DOI:

https://doi.org/10.14295/juris.v32i1.15216

Palabras clave:

Castração Química, Constitucionalidade, Criminologia Crítica, Dignidade Humana, Direito Comparado

Resumen

Este artigo tem por intuito analisar a possibilidade de inserção no ordenamento jurídico brasileiro da castração química como pena para os crimes sexuais, frente ao princípio da dignidade da pessoa humana. O estudo oferece um panorama comparativo da aplicação dessa medida nos Estados Unidos da América e da Espanha, partindo de informações estatísticas e resultados de cada país quanto a efetividade de tal prática na diminuição da reincidência dos crimes sexuais. Destaca-se que, assim como no Brasil, todos os países que tentaram ou implantaram a pena de castração química para os crimes sexuais precisaram analisar a pena sob a ótica constitucional, principalmente no que tange a dignidade da pessoa humana e a vedação das penas cruéis. Enquanto os Estados Unidos da América adotaram legalmente a castração química sob o argumento que representa um tratamento clínico (e não uma pena), a Espanha e o Brasil, em contrapartida, reconhecem que a medida caracteriza uma afronta aos direitos humanos, o que resulta em sua inconstitucionalidade. Em que pese haver projetos de lei que versem sobre essa matéria desde o ano de 1997, todos os projetos foram arquivados por afrontar os princípios norteadores da Constituição Federal de 1988.

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Biografía del autor/a

Lenice Kelner, FURB - Universidade Regional de Blumenau

Pós-doutora em Criminologia pelo Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. Doutora em Direito Público pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade do Vale dos Sinos - UNISINOS. Mestre em Ciências Jurídicas pela Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI. Especialista em Direito Penal e Processual Penal pela Universidade Regional de Blumenau (FURB). Especialista em Direito Civil pela Universidade Regional de Blumenau (FURB). Professora Permanente do Programa de Mestrado em Direito e da Graduação em Direito da Universidade Regional de Blumenau - FURB. Membro dos grupos de pesquisa Constitucionalismo, Cooperação e Internacionalização - CONSTINTER (CNPq-FURB) e Direitos Fundamentais, Cidadania e Justiça (CNPq-FURB). Coordenadora do Projeto de Extensão da FURB - Dignidade da Pessoa Humana e Acesso à Justiça: Fundamentos à Ressocialização do Apenado no Sistema Prisional de Blumenau. Coordenadora da Comissão de Direitos Humanos da OAB-Subseção de Blumenau. Membro efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros - IAB. Advogada. Residente e domiciliada na Rua Augusto Klapoth, nº. 608, Bairro Santa Luzia, Brusque, Santa Catarina, CEP: 88357-101. Telefone (47) 3350 4863 e (47) 991745374.  ID Lattes: 4001810436460227. ID ORCID: 0000-0002-7553-1514. E-mail: kelner@furb.br.

Alejandro Knaesel Arrabal, FURB - Universidade Regional de Blumenau

Doutor em Direito Público pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade do Vale dos Sinos – UNISINOS. Mestre em Ciências Jurídicas pela Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI. Especialista em Direito Administrativo pela Universidade Regional de Blumenau – FURB. Professor e pesquisador dos Programas de Mestrado em Direito (PPGD) e Administração (PPGAd) da FURB. Líder do grupo de pesquisa Direito, Tecnologia e Inovação – DTIn (CNPq-FURB). Membro dos grupos de pesquisa Constitucionalismo, Cooperação e Internacionalização - CONSTINTER (CNPq-FURB) e Estado, Sociedade e Relações Jurídicas Contemporâneas (CNPq-FURB), com estudos em direito de Propriedade Intelectual, desenvolvimento Tecnológico e Inovação. Membro da AGIT - Agência de Inovação Tecnológica da Universidade Regional de Blumenau (FURB). Residente e domiciliado na Rua Coripós, nº. 30, Bairro Escola Agrícola, Blumenau, Santa Catarina, CEP: 89037-700. Telefone  (47) 984622027. ID Lattes: 0957562986221644. ID ORCID: 0000-0002-0927-6957. E-mail: arrabal@furb.br.

Fernanda Analú Marcolla, FURB - Universidade Regional de Blumenau

Mestranda em Direito Público pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Regional de Blumenau (FURB). Pós-Graduanda em Propriedade Intelectual pela Faculdade Verbo Jurídico. Especialista em Direitos Humanos e Direito Constitucional pela Universidade de Direito de Coimbra/PT. Especialista em Direito Penal e Direito Processual Penal pela Universidade Damásio de Jesus. Bacharel em Direito pelo Centro Universitário de Brusque (UNIFEBE). Membro dos grupos de pesquisa Constitucionalismo, Cooperação e Internacionalização - CONSTINTER (CNPq-FURB) e Estado, Sociedade e Relações Jurídicas Contemporâneas (CNPq-FURB), com estudos em direito de propriedade intelectual, desenvolvimento tecnológico e inovação. Presidente da Comissão de Direito Criminal da OAB/SC-Subseção de Brusque, membro da Associação dos Advogados Criminalistas de Santa Catarina (AACRIMESC). Associada do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM). Advogada e sócia no escritório Marcolla & Fachi Advocacia, localizado na Rua Augusto Klapoth, nº. 608, Bairro Santa Luzia, Brusque, Santa Catarina, CEP: 88357-101. Telefone (47) 3350 4863 e (47) 991745374. ID Lattes: 3320760922393919. ID ORCID: 0000-0003-2335-2343. E-mail: f.marcolla@furb.br.

Publicado

2023-12-31

Cómo citar

Kelner, L., Knaesel Arrabal, A., & Analú Marcolla, F. (2023). Dignidade da pessoa humana e criminalização:: a castração química com pena inconstitucional para os crimes sexuais. JURIS - Revista De La Facultad De Derecho, 32(1), 38–57. https://doi.org/10.14295/juris.v32i1.15216

Número

Sección

Delincuencia, cultura y derechos humanos

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