A negação do trabalho concreto como prática dessocializante

o falso socialmente necessário em Lukács como elemento de subjetivação

Autores

  • Everton Luís da Silva Universidade Federal do Paraná, UFPR. Curitiba/PR
  • Paulo Ricardo Opuszka Universidade Federal do Paraná, UFPR. Curitiba/PR
  • André Luan Domingues Universidade Federal do Paraná, UFPR. Curitiba/PR

DOI:

https://doi.org/10.14295/juris.v31i2.15119

Palavras-chave:

Estrutura, Falso socialmente necessário, Ontologia do ser social, Trabalho, Trabalho abstrato

Resumo

O presente artigo analisará, à luz dos eixos da crítica social (trabalho, linguagem e desejo), os chamados pressupostos concretos de garantia da sobrevivência da espécie humana (condições materiais de sobrevivência) e como se  tornam centrais para análise da forma de constituição das subjetividades, aliada à noção lukásciana de “falso socialmente necessário” e de “estrutura” em Jacques-Alain Miller surjam como possibilidades de leitura e compreensão da realidade presente para construção de resposta ao questionamento aqui posto: a noção de trabalho abstrato pode ser compreendida como criação por meio do que se qualifica como produção do falso socialmente necessário? Aqui, teoria de base e abordagem filiam-se à perspectiva crítica, vislumbrando-se a utilização de pensadores com lecionar multidisciplinar, em tentativa de conexão entre diferentes ramos do saber-viver. Conclui-se que uma possível leitura conjunta da ideia de falso socialmente necessário, aplicada a ideia de trabalho abstrato, aliada ao pensamento de Jacques-Alain Miller, atribuindo-se ao citado trabalho abstrato a condição de “estrutura estruturante e estruturada” nos (e dos) processos de subjetivação e individuação do tempo presente, indica a construção de uma falsa realidade (que se concretiza) enquanto estruturação de forma de pensar-viver que nega a humanidade do humano, impedindo os reais processos de subjetivação e individuação a partir do concreto e do absolutamente outro.

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Biografia do Autor

Everton Luís da Silva, Universidade Federal do Paraná, UFPR. Curitiba/PR

Doutorando em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Paulo Ricardo Opuszka, Universidade Federal do Paraná, UFPR. Curitiba/PR

Doutor em Direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Paraná. Mestre em Direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Paraná. Professor de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho no curso de Graduação em Direito da Universidade Federal do Paraná. Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Paraná.

André Luan Domingues, Universidade Federal do Paraná, UFPR. Curitiba/PR

Doutorando em Direito pela Universidade Federal do Paraná – UFPR. Mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Civil do curso de Direito no UGV – Centro Universitário – União da Vitória/PR.

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Publicado

09-03-2023

Como Citar

Silva, E. L. da, Opuszka, P. R., & Domingues, A. L. (2023). A negação do trabalho concreto como prática dessocializante: o falso socialmente necessário em Lukács como elemento de subjetivação. JURIS - Revista Da Faculdade De Direito, 31(2), 9–27. https://doi.org/10.14295/juris.v31i2.15119

Edição

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