<b>Ensino de História, medievalismo e etnocentrismo</b>
Palavras-chave:
Ensino de História. Medievalismo. Etnocentrismo.Resumo
Este artigo quer compreender como se constitui e funciona um dispositivo de subjetivação que tem produzido, através do ensino de História, modos de olhar para a civilização medieval. Trata-se do dispositivo da medievalidade, o qual implica uma série de estratégias discursivas enunciadas de formas diversas, dentre as quais, as publicações didáticas de História para o ensino fundamental, que teriam como enunciação a idéia de que a Idade Média teria sido uma época de Trevas, espaço da “infância das nações”, onde ainda os homens viviam num estado de ingenuidade e quase selvageria. O artigo examina o discurso que tem moldado a maneira como a nossa sociedade tem transmitido o conhecimento sobre o mundo medieval, no sentido de discutir as estratégias discursivas através das quais a noção de Idade das Trevas tem sido construída e transmitida às novas gerações,nas salas de aula de História. Trata-se, portanto, de uma discussão que decorre de uma pesquisa já realizada e que aqui se apresenta para lançar o debate acerca das relações do modo como se tem olhado para a Idade Média e do modo como se tem construído as histórias de africanos e indígenas, no âmbito do ensino de História. Nesse sentido, importa, enfim, discutir os vínculos, seguindo a trilha da afirmativa de Le Goff sobre o medievo como a “infância das nações”, entre o modo como as novas gerações constroem sua leitura sobre a Idade Média e o modo como se tem construído a subjetividade dos povos e das culturas conquistadas.Downloads
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Publicado
2013-01-18
Como Citar
Pereira, N. M. (2013). <b>Ensino de História, medievalismo e etnocentrismo</b>. Historiæ, 3(3), 223–238. Recuperado de https://periodicos.furg.br/hist/article/view/3271
Edição
Seção
Artigos