Caracterização das ocupações em áreas de preservação permanente às margens do ribeirão anicuns e do córrego botafogo na cidade de Goiânia
Abstract
As áreas de preservação permanente (APP) são de relevância inquestionável na proteção dos recursos hídricos, evitando assoreamento, erosões, contaminações e uma série de eventuais complicações ambientais. Entretanto, as ocupações irregulares em APPs se tornaram comuns diante do processo de urbanização das cidades brasileiras. A ausência de uma política urbana de acesso a moradia associada a especulação imobiliária tem levado ao comprometimento das áreas com restrição ambiental. Esta realidade é vivenciada em Goiânia. Apesar de planejada, o crescimento urbano do município não foi acompanhado de uma política de controle de uso do solo. O resultado, dentre outros, é a ocupação das áreas ambientais. Diante disto, este artigo analisa as APPs de dois mananciais de grande representatividade para o município, o Ribeirão Anicuns e o Córrego Botáfogo, os quais drenam boa parte do território da capital e onde se encontra parcela significativa da população, apresentando os conflitos normativos. A metodologia adotada baseou-se na análise do uso do solo por meio de imagens de satélite dos anos 2006, 2012 e 2016, visando identificar as mudanças ao longo de uma década. As conclusões apontam para uma falta de gestão do poder público quanto à questão de ocupações irregulares e o crescimento das mesmas ao longo das APPs.
Palavras-chave: Área de Preservação Permanente, Ocupações Urbanas, Uso do Solo.