EPILEPSIA NA SENESCÊNCIA: PANORAMA DE PROGNÓSTICOS MAL COMPREENDIDOS

Autores

  • Alexandre Ademar Hoeller Universidade Federal de Santa Catarina Programa de Pós Graduação em Ciências Médicas http://orcid.org/0000-0001-7526-1502
  • Cristiane Ribeiro de Carvalho Universidade Federal de Santa Catarina Programa de Pós Graduação em Neurociências
  • Henrique Rodighero Santos Universidade Federal de Santa Catarina
  • Alexandre Kracker Imthon Universidade Federal de Santa Catarina
  • Roger Walz Universidade Federal de Santa Catarina

Palavras-chave:

epilepsia, envelhecimento, trauma, acidente vascular

Resumo

Epilepsia é uma doença caracterizada pela predisposição a crises epilépticas recorrentes, tendo grande impacto sobre a qualidade de vida de seus portadores e podendo ser incapacitante. No Brasil, sua prevalência é de aproximadamente 11,9 a 18,6 casos para 1.000 habitantes, tendo grande incidência em indivíduos com idade superior a 65 anos. Dentre as principais causas de epilepsia em idosos estão os acidentes vasculares, traumatismos, neoplasias, infecções e doenças degenerativas. As crises nos idosos são predominantemente de origem focal e tendem a ter sintomatologia atípica, dificultando o diagnóstico clínico. O manejo da epilepsia na senescência deve ser realizado com cautela. Fatores inerentes às mudanças fisiológicas no envelhecimento normal, às comorbidades individuais e às medicações em uso, que afetam tanto a eficácia quanto a chance de efeitos adversos relacionados aos anticonvulsivantes, devem ser levados em consideração. A resposta à terapia farmacológica tende a ser satisfatória em pelo menos 80 % dos pacientes idosos. No entanto, é importante ressaltar a carência de estudos clínicos e translacionais que enfatizem as dificuldades clínicas e no prognóstico da epilepsia incidente durante a senescência, em parte devido a dificuldades específicas encontradas no estudo de populações envelhecidas. Nesse sentido, novos estudos são necessários para aprofundar o conhecimento sobre a prevenção e terapêutica da epilepsia em idosos.

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Biografia do Autor

Alexandre Ademar Hoeller, Universidade Federal de Santa Catarina Programa de Pós Graduação em Ciências Médicas

Centro de Ciências da Saúde, Hospital Universitário, Laboratório de Ciências Médicas, Florianópolis, SC, 88040-970, Brasil.

Cristiane Ribeiro de Carvalho, Universidade Federal de Santa Catarina Programa de Pós Graduação em Neurociências

Centro de Ciências Biológicas, Laboratório de Ciências Médicas, Florianópolis, SC, 88040-970, Brasil.

Henrique Rodighero Santos, Universidade Federal de Santa Catarina

Departamento de Clínica Médica, Centro de Ciências da Saúde, Hospital Universitário, Laboratório de Ciências Médicas, Florianópolis, SC, 88040-970, Brasil.

Alexandre Kracker Imthon, Universidade Federal de Santa Catarina

Departamento de Clínica Médica, Centro de Ciências da Saúde, Hospital Universitário, Laboratório de Ciências Médicas, Florianópolis, SC, 88040-970, Brasil.

Roger Walz, Universidade Federal de Santa Catarina

Departamento de Clínica Médica, Centro de Ciências da Saúde, Hospital Universitário, Laboratório de Ciências Médicas, Florianópolis, SC, 88040-970, Brasil.

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Publicado

2016-12-23

Como Citar

Hoeller, A. A., de Carvalho, C. R., Santos, H. R., Imthon, A. K., & Walz, R. (2016). EPILEPSIA NA SENESCÊNCIA: PANORAMA DE PROGNÓSTICOS MAL COMPREENDIDOS. VITTALLE - Revista De Ciências Da Saúde, 28(1), 65–74. Recuperado de https://periodicos.furg.br/vittalle/article/view/6287

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