Atividade física e uso abusivo de smartphone associado a sintomas depressivos em universitários durante a pandemia da COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.14295/vittalle.v34i2.14214Palavras-chave:
atividade física, universitários, smartphones, COVID-19Resumo
Durante a pandemia de COVID-19, evidenciou-se uma mudança nos comportamentos relacionados a saúde em universitários, tais como depreciações da saúde mental e aumento da inatividade física, concomitantes com o uso abusivo de smartphone. O presente estudo objetivou verificar os efeitos da atividade física e do uso de smartphone nos níveis de depressão em universitários durante a pandemia. Participaram do estudo 128 estudantes (18 anos) de ambos os sexos, pertencentes a uma universidade estadual do Paraná. A atividade física de moderada a vigorosa intensidade (AFMV) foi avaliada adotando-se o questionário IPAQ, versão curta. A frequência de uso de smartphone foi mensurado pelo Smartphone Addiction Scale – Short Version (SAS-SV). Já a ocorrência de sintomas depressivos foi medido através do Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9). A AFMV e a frequência de uso do smartphone apresentaram associações significativas (p<0,05) com os indicadores depressivos avaliados. Especificamente, 41,4 % dos participantes apresentaram uso abusivo de smartphone e 89,8% apresentaram algum nível de ocorrência de sintomas depressivos (PHQ-9>9). Os participantes dos maiores tercis de AFMV apresentaram menores escores do PHQ-9 (B= -2,05, EP= 0,66, p<0,01). Também, os participantes com maiores escores de uso abusivo de smartphones demonstraram maiores escores de PHQ-9 (B=0,21, EP= 0,05, p<0,01). Durante a pandemia da COVID-19, a maioria dos universitários apresentaram algum sintoma depressivo, entretanto para os aqueles que se mantiveram ativos, esses sintomas foram atenuados. Por outro lado, o uso abusivo de smartphone parece potencializar os sintomas de depressão entre os universitários.