Tendência temporal de mortalidade por Infarto Agudo do Miocárdio em idosos no Sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.14295/vittalle.v34i1.14063Palavras-chave:
Infarto agudo do miocárdio, idosos, região SulResumo
As doenças cardiovasculares (DCV) representam a principal causa de morte no Brasil, responsáveis por aproximadamente 20% dos óbitos na população acima de 30 anos, destacando-se o infarto agudo do miocárdio (IAM) como importante causa isolada. O presente estudo tem como objetivo analisar a tendência temporal de mortalidade por IAM em idosos na região Sul do Brasil entre 2008 e 2018. Trata-se de um estudo ecológico, com dados do Sistema de Informação de Mortalidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram calculadas taxas de mortalidade através da razão entre o número de óbitos por IAM e a população conforme os estados, sexo, faixa etária por sexo. Para a análise estatística foi realizada regressão linear e avaliação da tendência de mortalidade por IAM. Observou-se uma tendência de estabilidade nas taxas de mortalidade por IAM em idosos na região Sul do Brasil, com tendência de redução no estado do Rio Grande do Sul (β -1,186; p=0,001). Não foram observadas alterações na tendência temporal de IAM quando analisados sexos (masculino e feminino) e na estratificação das faixas etárias por sexo, denotando um perfil de estabilidade. Considerando melhorias implementadas pelo SUS, a evolução terapêutica das DCV e o aumento da expectativa de vida da população, a redução de mortalidade exclusiva em um único estado da região serve de alerta para a ampliação de estudos epidemiológicos com foco regional na busca de fatores possivelmente associados. Ressalta-se a necessidade de análise e planejamento preventivo para o melhor acolhimento aos idosos acometidos por IAM.