Fatores relacionados à baixa adesão ao tratamento de hipertensos e diabéticos
DOI:
https://doi.org/10.14295/vittalle.v33i3.13560Palavras-chave:
Hipertensão, Diabetes mellitus, estilo de vidaResumo
A adesão ao tratamento é fundamental para o sucesso da terapêutica nos portadores de doenças crônicas. O objetivo do estudo foi avaliar os fatores relacionados a baixa adesão ao tratamento de hipertensos e diabéticos, relacionando com o estilo de vida. Foi realizado um estudo transversal, com hipertensos e diabéticos de um município de Santa Catarina. Para análise da adesão ao tratamento foi usado o Brief Medication Questionnaire, e para o estilo de vida foi usado o questionário Fantástico.Participaram 308 hipertensos e diabéticos, média de idade 65,4±10,5 anos, 96,1% hipertensos e 27,3% diabéticos. Aderentes ao tratamento totalizaram 19,8%, 28,2% são prováveis aderentes, 23,4% tem provável baixa adesão e 28,6% possuem baixa adesão. Quanto ao estilo de vida, 18,2% mantém um estilo de vida “Excelente”, 57,7% “Muito Bom”, 20,8% “Bom” e, 2,6% “Regular”. O Índice de Massa Corpórea (IMC) das pessoas acima de 60 anos foi menor que dos mais jovens (p=0,00) e o IMC dos diabéticos foi maior que dos hipertensos (p=0,00). Aqueles que relataram que consumiam alimentos saudáveis, são os que têm IMC menor (p=0,02). Os usuários que realizam atividade física frequentemente possuem estilo de vida melhor quando comparados com quem pratica atividade física eventualmente (p=0,00). A adesão ainda é um desafio para os profissionais que atuam com hipertensos e diabéticos, e os cuidados relativos à prática de exercícios e controle do peso devem ser incentivados como estratégia para diminuir o risco de co-morbidades e complicações.