Treinamento funcional dos músculos do assoalho pélvico na prevenção de incontinência urinária em mulheres no climatério: Elaboração de manual de orientação
DOI:
https://doi.org/10.14295/vittalle.v34i1.13409Palavras-chave:
Assoalho pélvico, climatério, mulheres, incontinência urinária, fisioterapiaResumo
O climatério é uma das fases da vida da mulher em que ocorre inúmeras alterações fisiológicas, acompanhado de sintomas que afeta a qualidade de vida dessas mulheres. Neste período elas também podem apresentar enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico (MAP), levando a incontinência urinária (IU). A IU é caracterizada como uma perda involuntária de urina, sendo classificada em incontinência urinária de esforço (IUE), incontinência urinária de urgência (IUU) ou incontinência urinária mista (IUM). Acredita-se que, nos dias atuais, a incontinência urinária tem uma alta prevalência em mulheres de meia idade, ocasionando diversas limitações nas atividades sociais, físicas, ocupacionais e domésticas. O objetivo deste estudo é elaborar uma cartilha informativa e com orientações de exercícios específicos para o treinamento funcional dos músculos do assoalho pélvico (TFMAP) para mulheres que estão na fase do climatério. Trata-se de uma revisão de literatura, consultando artigos que foram publicados entre os anos de 2015 a 2020, nas bases de dados Lilacs, PubMed e Scielo com os seguintes descritores em inglês pelvic floor, climacteric, women, incontinence urinary, physiotherapy e em português assoalho pélvico, climatério, mulheres, incontinência urinária e fisioterapia. A elegibilidade dos estudos ocorreu por meio da estratégia PICOS, sendo que os critérios de inclusão foram: população-mulheres de 40 a 60 anos com queixa de perda involuntária de urina; intervenção – treinamento funcional dos músculos do assoalho pélvico, comparação – grupo controle e grupo intervenção e grupos de intervenções distintas; resultado – melhora da função, redução dos sintomas de incontinência, estudo – ensaios clínicos randomizados. Já os critérios de exclusão foram: população – mulheres sem queixas urinárias e com patologias ginecológicas associadas, intervenção – cones vaginais, biofeedback e eletroestimulação, estudos – estudos não randomizados. Os resultados através das pesquisas demonstram que o treinamento do MAP é eficaz na prevenção e no tratamento da incontinência urinária em mulheres no climatério. Apesar das evidências já existentes sobre a eficácia do treinamento dos MAP para IU, faz-se necessário mais estudos sobre os efeitos do treinamento funcional dos músculos do assoalho pélvico (TFMAP) no tratamento da IU em mulheres no climatério.