Fatores socioeconômicos associados à expansão de casos da COVID-19 no Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.14295/vittalle.v32i3.11851Palavras-chave:
Auxílio emergencial, COVID-19, pobreza, PNAE, segurança alimentar e nutricionalResumo
Objetivou-se verificar quais indicadores socioeconômicos possuem a capacidade de diferenciar os grupos de municípios sul-rio-grandenses entre os níveis de ocorrências de casos acumulados de COVID-19 acima da média estadual (superior a 628,30/100 mil hab) e abaixo da média. A metodologia utilizada foi a Análise Discriminante e as variáveis selecionadas foram a taxa de casos acumulados da COVID-19, taxa de pobreza, nível de informalidade, densidade de pessoas por dormitório no domicílio e o acesso aos serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto. As bases de dados utilizadas foram o painel coronavírus RS da Secretária de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul e o Censo Demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dentre os principais resultados alcançados, verificou-se que a expansão de casos da COVID-19 nos municípios do Rio Grande do Sul está relacionada à renda, representada pelas variáveis de taxa de pobreza e nível de informalidade. Sendo assim, destacam-se a importância de políticas públicas de transferência de renda direta, como é o caso do auxílio emergencial, e de garantia da segurança alimentar e nutricional por meio de acesso a uma alimentação saudável para minimizar a expansão dos casos de COVID-19 nos municípios sul-rio-grandenses.