Condições sociais e clínicas associadas à promoção de saúde em pacientes com fissuras labiopalatais atendidos em um centro de referência
DOI:
https://doi.org/10.14295/vittalle.v32i3.11422Palavras-chave:
Fissuras Labiopalatais, promoção de saúde, fatores de riscoResumo
Analisou-se através de prontuários e questionários semiestruturados os fatores sociodemográficos e clínicos que interferem na promoção de saúde de pacientes com fissuras labiopalatais (FLP), atendidos em um centro de referência no Sul de Minas Gerais, Brasil, entre 2016 e 2017. Entre os 202 pacientes, com idade de 1 a 10 anos, houve predominância do sexo masculino (62,38%), declarados leucoderma (82,67%) e pertencente a classe socioeconômica C (67,32%). O grupo sanguíneo O positivo foi o mais frequente. Quanto ao tipo de FLP, as pós-forame incompleto, pré-forame incompleto e transforame completa esquerda foram as mais comuns, e os tratamentos cirúrgicos mais frequentes foram a queiloplastia e a palatoplastia. Acompanhamento com fonoaudiólogo foi relatado pela maioria dos entrevistados. Quanto aos familiares, 70,8% das mães fizeram suplementação com ácido fólico durante a gestação e, 55,44% dos pacientes com FLP tiveram peso ao nascimento entre 3.000 e 4.000 gramas. Por outro lado, foi relatado em considerável frequência (30,7%) um histórico de familiares com alguma alteração craniofacial congênita, além de exposição ocupacional a teratógenos por uma parcela das mães. Quanto as comorbidades, as doenças respiratórias, alergias e anemia ocorreram em maior frequência. A frequência de pacientes com histórico familiar para alterações congênitas, associados à uma exposição ocupacional das mães, bem como as classes econômicas menos favorecidas sendo as mais suscetíveis à doença, são fatores que reforçam a plausível etiologia multifatorial das FLP. Ainda, fatores sociais e clínicos interferem na promoção de saúde dos pacientes com FLP.