Análise dos efeitos do uso de furosemida em pacientes submetidos a cirurgias cardíacas com o uso de circulação extracorpórea: uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.14295/vittalle.v32i3.10967Palavras-chave:
Circulação extracorpórea, cirurgia torácica, furosemidaResumo
A circulação extracorpórea (CEC) é utilizada como auxílio aos diversos tipos de cirurgias, principalmente cardíacas. Além da substituição da função cardiopulmonar, é responsável ainda, pelo controle dos balanços ácido-base e hidroeletrolíticos. O uso de diuréticos de alça são escolha da equipe cirúrgica, pois esses fármacos influenciam no débito urinário do paciente no pós- cirúrgico. A análise dos efeitos do uso de furosemida que possam influenciar no pós-operatório do paciente é o objetivo deste trabalho, de modo que haja informação direta às equipes e suas escolhas, apresentando benefícios ou efeitos adversos em seu uso. Trata-se então de uma revisão sistemática da literatura, que utilizou as bases de dados “PubMed”, “Cochrane” e “Bireme”; com os descritores “cardiopulmonary bypass”, “furosemide” e “thoracic surgery”, para a busca de artigos apenas na língua inglesa, entre o intervalo dos anos de 2007 a 2017. Na primeira etapa da busca foram encontradas 17 publicações, os autores fizeram a leitura completa, encontraram os que estavam presentes em mais de uma plataforma, e após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, restaram apenas 5 estudos que correspondiam aos objetivos propostos deste trabalho. No total dos artigos selecionados, foram analisados 4.845 pacientes. Dos cinco estudos, quatro foram classificados em dois tipos de categoria de acordo com o estágio da lesão renal, três por RIFLE, um AKIN, e um não apresentou critério de classificação. Os resultados obtidos apontam que ainda há uma escassez no estudo deste tipo de fármaco e que não há relação benéfica com seu uso, que este está associado principalmente a predisposição ao desenvolvimento de lesão renal. Em contrapartida, alguns estudos fora do intervalo selecionado, apresentaram um efeito reno- protetor associado. Com isto cabe a equipe cirúrgica uma análise sobre o paciente, identificando para cada indivíduo o melhor protocolo, a fim de garantir um melhor prognóstico.