Empresas brasileiras do novo mercado e suas práticas de evidenciação voluntária de informações por segmento

Autores

  • Ana Paula Capuano da Cruz Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
  • Esmael Almeida Machado Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
  • Anderson Feitosa Pereira Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP)
  • Walter Nunes Oleiro Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
  • Luiz Nelson Carvalho Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP)

Palavras-chave:

Informações por Segmento, Empresas Brasileiras, Evidenciação Voluntária, Novo Mercado, CPC 22.

Resumo

A adoção das normas internacionais de contabilidade tem demandado alterações no padrão contábil de diversos países. Dentre tais mudanças, no Brasil, tem-se a incorporação de uma nova prática de divulgação de resultados que exige a evidenciação de informações por segmentos. O segment reporting, como também é denominado, trata-se de uma exigência adicional introduzida pela International Financial Reporting Standard (IFRS) 8 que implica um ponto de tangência muito forte entre a contabilidade gerencial e a contabilidade com foco no usuário externo. Com base nestas alterações, a partir da análise das Notas Explicativas das 106 companhias listadas no Novo Mercado da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa), nível que reúne as empresas comprometidas com as melhores práticas de governança corporativa no Brasil, o estudo objetivou verificar como as companhias abertas brasileiras estruturaram o formato de evidenciação de informações por segmento. Em termos metodológicos, trata-se de uma pesquisa documental, de caráter descritivo, que conjuntou o emprego da técnica de análise de conteúdo e de testes não paramétricos de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis para verificar o grau de intensidade da divulgação de informações por segmento, conforme metodologia utilizada por Guthrie et al. (1999). Os achados sinalizaram que a divulgação voluntária de informações por segmento ainda é incipiente no cenário brasileiro. Identificou-se que as companhias auditadas por uma das Big Four apresentaram menor grau de intensidade na divulgação dos impactos futuros da aplicação das orientações normativas sobre informações segmento. Considerando o universo das 106 companhias analisadas, destaca-se que as informações segmentadas por área geográfica e ainda, por tipo de produtos ou serviços, mostraram-se mais recorrentes; informações por clientes foram escassas. Nenhuma empresa evidenciou o fluxo de caixa por segmento, e 39 companhias não mencionaram que o CPC 22 trará impacto às futuras Demonstrações Contábeis. Assim, os resultados sugerem que a Comissão de Valores Mobiliários e as empresas de auditoria devem ficar alerta às primeiras publicações contábeis relativas ao ano de 2010.

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Biografia do Autor

Ana Paula Capuano da Cruz, Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

Professora da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) Doutora em Controladoria e Contabilidade pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) Mestre em Contabilidade pela Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Esmael Almeida Machado, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)

Professor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) Doutor em Controladoria e Contabilidade pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) Mestre em Contabilidade pela Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Anderson Feitosa Pereira, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP)

Mestre em Controladoria e Contabilidade pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo

Walter Nunes Oleiro, Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

Professor da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) Doutorando em Educação Ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Luiz Nelson Carvalho, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP)

Professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) Doutor em Controladoria e Contabilidade pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP)

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Publicado

2015-08-18

Como Citar

Cruz, A. P. C. da, Machado, E. A., Pereira, A. F., Oleiro, W. N., & Carvalho, L. N. (2015). Empresas brasileiras do novo mercado e suas práticas de evidenciação voluntária de informações por segmento. SINERGIA - Revista Do Instituto De Ciências Econômicas, Administrativas E Contábeis, 18(2), 19–36. Recuperado de https://periodicos.furg.br/sinergia/article/view/4218

Edição

Seção

Artigos